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Amazonas

AM: Deputado diz que Hospital Delphina funciona com apenas com 37% da capacidade

A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) informou que reduziu de R$ 172 milhões para R$ 154 milhões por ano ano, o equivalente a mais de R$ 18 milhões, o valor global do contrato com o INDSH.

O Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Delphina Rinaldi Abdel, a Avenida Torquato Tapajós, zona Norte de Manaus (AM), está funcionando com 37% de sua capacidade, cinco meses após o governo do Amazonas contratar o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) por R$ 172.120.805 para administrar a unidade. A informação é do deputado estadual Wilker Barreto (Podemos), após uma vistoria no local por quase cinco horas na última sexta-feira (30).

Segundo do deputado, desde março, o INDSH já recebeu R$25 milhões e não passou da primeira fase de implantação dos serviços, deixando desativados completamente o quarto e quinto andar da unidade, e parcialmente desativados o terceiro e sexto andar (lado B e A, respectivamente). Assim, diz, apenas 137 leitos estão ativos e 175 inativos e as salas cirúrgicas não correspondem ao contrato: do total de 11, apenas duas estão em pleno funcionamento, um déficit de 1.300 cirurgias ao mês.

“Eu escutei da diretora clínica do hospital que as metas não andaram, estão paralisadas, e por isso o Instituto não consegue passar de fase. Tem 200 leitos esperando a autorização da Susam para que possam ser utilizados; enquanto isso, o 28 de Agosto, João Lúcio e o Fcecon estão sem retaguarda. Aqui há uma estrutura de ponta, mas que não funciona, pelo contrário, temos superlotação. Numa enfermaria que caberia 7 a 8 leitos, tem 28 pessoas para um médico atender”, revelou Wilker, acompanhado do deputado Dermilson Chagas (PP) e de Patrícia Sicchar, presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam).

Durante a visita, foi possível verificar que a sala de suturas da unidade está servindo como “enfermaria”. No local, foram encontrados seis pacientes, com enfermidades diferentes, e que relataram não receber o tratamento devido. “Estou aqui desde sexta-feira (23), nessa sala pequena, amontoado com outras pessoas, onde não se pode desligar a luz para nada, pois a sala de sutura fica aberta e com um computador ligado, e há três dias o médico não passa por aqui. Até ontem estava numa poltrona e hoje vim para essa maca fria. Uma tristeza”, disse Henrique Reis, 26, morador do Jorge Teixeira.

Na última sexta-feira, Secretaria de Estado de Saúde (Susam) informou que reduziu de R$ 172 milhões para R$ 154 milhões por ano ano, o equivalente a mais de R$ 18 milhões, o valor global do contrato com o INDSH, organização social responsável pela gestão do Hospital e Pronto-Socorro da Zona Norte Delphina Aziz. A redução é de 10,4%, conforme o primeiro termo aditivo de contrato de gestão, publicado no Diário Oficial do Estado do dia 21 de agosto de 2019.

Segundo o governo, a redução no valor global atende uma necessidade de readequação e ajustes no plano de implantação dos serviços no complexo hospitalar, programado para ser executado em quatro etapas até o fim do ano. Com isso, os meses de maio e junho, por exemplo, cujas parcelas previstas eram de R$ 11,6 milhões e R$ 14,6 milhões, respectivamente, ficaram em cerca de R$ 8,4 milhões, o mesmo valor de abril.


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