Economia
Dólar fecha no maior valor desde novembro; bolsa cai e volta aos 110 mil pontos
O real tem o pior desempenho entre 33 pares do dólar no acumulado de 2021.
O Ibovespa teve um dia de queda forte nesta sexta-feira (26), em meio a uma bateria de resultados corporativos, a preocupações com o movimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos e aos receios fiscais e políticos no Brasil.
O principal índice acionário da bolsa brasileira encerrou o dia em queda de 1,98%, a 110.035,17 pontos. É a menor pontuação desde 24 de novembro, quando a pontuação de fechamento foi de 109.786. Na semana, a queda acumulada foi de 7%.
As ações da Minerva subiram 3,94%, a maior alta do Ibovespa no dia, com investidores de olho na proposta de pagamento complementar de dividendos, embora o lucro líquido no quarto trimestre tenha recuado 53,2% no comparativo anual. Já a BRF liderou as perdas, com queda de 6,35%, mesmo após lucro de R$ 902 milhões no quarto trimestre, acima do esperado no mercado.
O dólar fechou em alta de 1,67%, vendido a R$ 5,6017, maior valor desde novembro. Ao longo do pregão, o Banco Central fez uma intervenção dupla no mercado de câmbio, vendendo, no total, US$ 1,545 bilhão.
Na semana, o dólar avançou 4,03% — maior alta desde os 4,34% da semana encerrada em 8 de janeiro. No mês, a moeda americana avançou 2,25%, elevando os ganhos no ano para 7,90%. O real tem o pior desempenho entre 33 pares do dólar no acumulado de 2021.
Taxa de desemprego
No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. De outubro a dezembro de 2020, a taxa de desocupação alcançou 13,9%, percentual menor do que os 14,6% do trimestre imediatamente anterior. No entanto, aumentou 3 pontos percentuais na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2019 (de 11%).
Já a taxa média anual aumentou de 11,9%, em 2019, para 13,5%, em 2020, a maior da série iniciada em 2012.
Os investidores também acompanham a resistência a medidas de ajuste fiscal e à desvinculação de receitas da saúde e da educação. A leitura do parecer da PEC Emergencial foi adiada para a próxima terça-feira, corroborando um cenário de dificuldades que o texto da PEC deve enfrentar.
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