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Amazonas

Radar: MP-AM desconfia de vazamento proposital de pedido de prisão de David Almeida

O vazamento do pedido de prisão, com apreensão de celulares, pode ter dado todo o tempo para que os envolvidos apaguem as mensagens de seus aparelhos e até mesmo para jogarem fora, prejudicando as investigações.

A coluna Radar, da revista Veja, publicou na noite desta quarta-feira (27/01) uma nota com o título: ‘MP suspeita de vazamento de operação que prenderia prefeito de Manaus’.
Segundo a nota, a coluna apurou que “a divulgação do pedido de prisão formulado pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) contra o prefeito de Manaus pelos episódios de desrespeito à fila de vacinação contra a Covid-19 acendeu o alerta de que a investigação, sigilosa, possa ter sido intencionalmente vazada”.

O pedido de prisão tornou-se público após a vir a público a decisão do desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos, do Tribunal de Justiça do Amazonas, de enviar o caso para a Justiça Federal. A íntegra do despacho, com os nomes dos investigados, passou a circular nas redes sociais e foi publicada por diversos veículos de imprensa.

O MP-AM havia pedido busca e apreensão dos celulares dos envolvidos, para coleta de provas, haja vista as supostas trocas de mensagens realizadas por meio do aplicativo de conversas Whatsapp. “Há possibilidade que remanesçam mensagens esclarecedoras sobre os fatos narrados na exordial, ao passo em que as comunicações, nos dias atuais, são travadas, essencialmente, por meio de troca de textos e de mensagens de voz, por meio do aplicativo “Whatsapp”, entre outros programas, com menor disseminação”, diz o pedido.

O vazamento pode ter dado todo o tempo para que os envolvidos apaguem as mensagens de seus celulares e até mesmo jogarem fora os aparelhos, prejudicando as investigações.

O MP-AM pediu que as determinações de busca e apreensão de aparelhos celulares deveriam ser autorizadas na forma pessoal e domiciliar, “com o fim de garantir a eficiência da medida, com o estrito objetivo de apreensão dos aparelhos”, com acesso a todos os dados armazenados nos aparelhos apreendidos.

Em nota publicada na sua página na internet, o MP amazonense se manifestou sobre os “transtornos causados pela decisão” e falou em “sentimento institucional de que os interesses coletivos tutelados pelo processo penal encontram-se severamente prejudicados”.

De acordo com a investigação, o prefeito David Almeida (Avante) e a secretária de Saúde de Manaus, Shadia Fraxe, cometeram crime “nos atos de nomeação, nas declarações à imprensa e na lista de vacinação , ao passo em que os indícios de autoria, de de Almeida, são constatados pela sua na censura dos fatos e na tentativa de infirmar o valor probatório da listagem”. 

A capital do Amazonas está em estado de alerta há duas semanas diante da grave crise sanitária provocada pela segunda onda do coronavírus.


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