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Brasil ultrapassa 178 mil mortes por Covid-19, informa consórcio de imprensa

A média móvel de óbitos no País pelo novo coronavírus teve crescimento de 26% em relação a 14 dias atrás ao ficar em 617; nas últimas 24 horas, 796 mortes foram registradas.

O Brasil registrou 796 mortes pela Covid-19 e 47.850 casos da doença, nesta terça-feira (8). A média móvel dos óbitos continua em crescimento. O total de mortes chegou, dessa forma, a 178.184 e o de infecções a 6.675.915, desde o início da pandemia. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 617, o que representa crescimento de 26% em relação a 14 dias atrás, um cenário de crescimento de mortes. Nas últimas semanas, o País variou entre situações de queda da média, chegando a uma estabilidade posterior e, recentemente, passando a apresentar crescimentos.

A média recente, porém, foi afetada por um apagão de dados de alguns estados. De toda forma, dados do País e especialistas que os acompanham têm apontado tendências de aumento de casos de Covid-19, o que normalmente precede o crescimento das mortes pela doença.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S.Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Nordeste e Sul apresentam aumento da média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás. O crescimento no Sul é expressivo (80%). As demais regiões se encontram em estabilidade.

Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins tem crescimento da média móvel de mortes.

Minas Gerais, Pará e Rio de Janeiro estão em estabilidade, o que não significa uma situação tranquila na pandemia. No Rio, por exemplo, há fila de centenas de pacientes com Covid-19 que precisam de leitos.

O Brasil tem uma taxa de 85,1 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (285.779), e o Reino Unido (62.130), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 87,5 e 93,5 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (101,4), país com 61.240 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 110.074 óbitos, tem 87,2 mortes para cada 100 mil habitantes.

Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 113,4. O país tem 36.274 óbitos pela Covid-19.

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 140.958 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10,4 óbitos por 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 89,6 mortes por 100 mil habitantes (39.888 óbitos).

Já o boletim do Ministério da Saúde desta terça-feira (8) registra 51.088 novos casos de infecção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. O total de casos confirmados agora sobe para 6.674.999. Também nas últimas 24 horas, foram registrados 842 novos óbitos em decorrência da doença. Desde o início da pandemia, o País já contabilizou um total de 178.159 mortes.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​


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