Mundo
Tentativa de invasão do Parlamento em segundo dia de protestos em Beirute
Milhares de pessoas voltaram às ruas da capital do Líbano para pressionar a classe política, apontada pela população como culpada pela explosão da última terça-feira (4), e pelo caos econômico do país.
Manifestantes tentaram ocupar o Parlamento do Líbano pelo segundo dia seguido durante uma nova jornada de protestos na capital do país. Milhares de pessoas voltaram às ruas de Beirute para pressionar a classe política libanesa, apontada pela população como culpada pela explosão da última terça-feira (4), e pelo caos econômico que o país enfrenta. As informações são da Reuters, com publicação pelo jornal O Estado de S.Paulo.
De acordo com o jornal libanês Daily Star, um grande grupo de manifestantes voltou a entrar em confronto com forças de segurança no começo da tarde deste domingo (9) – início da noite no Líbano. No sábado, confrontos ocorreram durante todo o dia, culminando com a tomada do Ministério das Relações Exteriores pelos populares.
Durante a tentativa de invasão, um incêndio começou na entrada da Praça do Parlamento, enquanto os manifestantes tentavam adentrar uma área restrita. Os manifestantes também invadiram os escritórios do Ministério de Habitação e Transporte.
Com a escalada dos protestos neste domingo, autoridades vieram a público entregar seus cargos. Durante a manhã, a ministra da Informação, Manal Abdel Samad, entregou a pasta justificando o pedido de demissão como uma resposta “ao desejo público de mudança” e “em respeito aos mártires”. À tarde, o parlamentar Michael Mouawad também renunciou, segundo a agência de notícias governamental.
Principal líder da Igreja Cristã Maronita, o patriarca Bechara Boutros al-Rai, defendeu, durante um sermão, que todo o gabinete deveria se demitir. “A renúncia do primeiro-ministro ou de um ministro não é o bastante. O governo todo deveria renunciar já que não é capaz de ajudar o país a se recuperar”, disse.
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