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Conheça os nomes dos presos no escândalo dos descontos ilegais do INSS

As investigações miram crimes como inserção de dados falsos, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro

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A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta quinta-feira (13/11), nove mandados que levaram à prisão figuras importantes no esquema de descontos ilegais aplicados em aposentadorias e pensões do INSS. O caso foi revelado pelo Metrópoles.

A nova etapa da Operação Sem Desconto, conduzida pela PF em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), atingiu diretamente ex-gestores do instituto e dirigentes de entidades que se beneficiavam do sistema fraudulento.

No total, foram expedidos dez mandados de prisão preventiva (dos quais nove foram cumpridos até o momento) e 63 mandados de busca e apreensão, em 17 estados e no Distrito Federal. A coluna apurou que não estão previstas oitivas para esta quinta e que os presos devem passar por audiência de custódia e encaminhados ao presídio.

As investigações miram crimes como inserção de dados falsos, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Entre os investigados alvos de mandado de prisão, estão:

Alessandro Stefanutto – ex-presidente do INSS;

Antônio Carlos Antunes Camilo, conhecido como “Careca do INSS” (que já está preso na Papuda, em Brasília);

Vinícius Ramos da Cruz – presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT);

Tiago Abraão Ferreira Lopes – diretor da Conafer e irmão do presidente da entidade, Carlos Lopes;

Cícero Marcelino de Souza Santos – empresário ligado à Conafer;

Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior – também integrante da Conafer;

André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);

Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira, ex-procurador-geral do INSS;

Thaísa Hoffmann, esposa de Virgílio

Como funcionava o esquema

O grupo utilizava entidades, associações e organizações parceiras do INSS para inserir, no sistema oficial, cobranças associativas não autorizadas, que eram automaticamente descontadas no pagamento de aposentados e pensionistas.
A fraude atingiu milhões de beneficiários, muitos dos quais só descobriram o golpe após notar redução permanente no valor recebido mensalmente.

Relatórios da CGU apontam que as entidades investigadas mantinham acordos internos que permitiam a distribuição dos valores arrecadados de forma indevida, movimentando grandes quantias sem transparência ou critério.


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