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Economia

Apesar de aumento no lucro, ação da Hapvida derrete na Bolsa de Valores

A trajetória de queda das ações da Hapvida é observada desde o início do pregão. Logo na abertura, os papéis da operadora recuaram 33%, a R$ 22,09.

As principais bolsas reagiram ao cenário de maior aversão ao risco. (Foto: Reprodução/Internet)

Apesar de ter reportado um crescimento em seu lucro líquido no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2024, a operadora de planos de saúde e odontológicos Hapvida vê suas ações derreterem no pregão desta quinta-feira (13/11) da Bolsa de Valores do Brasil (B3). As informações são do Metrópoles.

Por volta das 14h50 (pelo horário de Brasília), os papéis da companhia negociados na B3 tombavam 46,31% e eram cotados a R$ 17,57.

A trajetória de queda das ações da Hapvida é observada desde o início do pregão. Logo na abertura, os papéis da operadora recuaram 33%, a R$ 22,09.

As ações chegaram a entrar em leilão nesta quinta-feira. O leilão de ações é um mecanismo utilizado pelas bolsas de valores para equilibrar a oferta e a demanda de ações em momentos específicos do pregão. Ele assegura que o preço de uma ação reflita de forma mais precisa o equilíbrio entre compradores e vendedores.

Resultados do 3º trimestre

De acordo com o balanço financeiro divulgado pela Hapvida na noite dessa quarta-feira (12/11), o lucro líquido ajustado da empresa somou R$ 338 milhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado representou um crescimento de 12,7% em relação ao mesmo período de 2024.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 746,4 milhões, com uma queda anual de 17,6%.

Segundo analistas do mercado, apesar do resultado positivo e do aumento do lucro no terceiro trimestre, o desempenho da Hapvida foi considerado decepcionante.

Para o Goldman Sachs, um dado negativo foi a queda de 1,4 ponto percentual no índice de sinistralidade médica (MLR) em relação ao trimestre anterior, o que foi atribuído a efeitos sazonais piores do que o esperado, além de custos fixos mais elevados após a abertura de unidades hospitalares e ambulatoriais e vendas mais fracas.

Um outro problema apontado pelo banco é o fluxo de caixa livre negativo de R$ 234 milhões, com crescimento da dívida líquida em relação ao segundo trimestre.

O BTG Pactual, por sua vez, classificou os resultados da operadora no terceiro trimestre como fracos, diante de uma combinação de fatores negativos como o fluxo de caixa livre ruim e o crescimento orgânico abaixo das expectativas iniciais.

“Cortamos as estimativas oficiais de Ebitda para 2026 em 20% e mantivemos recomendação de compra, mas com menor confiança, reduzindo o preço-alvo de fim de 2026 para R$ 50 (ante R$ 67)”, diz o relatório do BTG.

Outro banco, o JPMorgan, também cortou o preço-alvo, de R$ 52 para R$ 39, e ainda rebaixou a recomendação para as ações da Hapvida de “compra” para “neutra”.

Segundo o banco norte-americano, os resultados da companhia foram fracos e ficaram abaixo das projeções do mercado. “Em nossa opinião, o mercado deve reagir negativamente aos resultados, visto que algumas pressões reveladas nos números provavelmente persistirão pelo menos durante a maior parte de 2026”, afirma o JPMorgan.


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