Expedição da Fiocruz no Amazonas investiga fatores de transmissão da malária

A Fiocruz promoveu uma expedição ao município de Tefé (AM) para desenvolver atividades relacionadas ao projeto Dinâmica da transmissão da malária na Amazônia: influência das intervenções de controle em áreas endêmicas. O projeto, financiado com recursos de uma chamada do CNPq, está sendo desenvolvido no Acre (Universidade Federal do Acre), em Rondônia e no Amazonas. O objetivo é investigar como as intervenções de controle da malária influenciam a transmissão em áreas endêmicas da região, buscando entender a eficácia das ações e propor estratégias mais efetivas.

No Amazonas o projeto é desenvolvido no município de Tefé, a 633 quilômetros de Manaus, por via fluvial, e conta com o apoio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria da Saúde do Amazonas (SES-AM), e da Secretaria da Saúde (Semsa) de Tefé. De acordo com a pesquisadora da Fiocruz Amazônia Cláudia Rios, é a primeira excursão ao município para a realização de um inquérito populacional visando entender o contexto local da malária e as percepções sobre a doença por parte da comunidade e do grupo de pesquisadores participantes.

Além de Claudia Rios, participaram desta etapa do projeto os pesquisadores Felipe Pessoa, da Fiocruz Amazônia, e os alunos de pós-graduação Paola Mesa Arciniégas, Rebeca Guimarães e Josinei Nunes, do Programa de Pós-Graduação em Biologia da Interação Patógeno-Hospedeiro (PGBIO-Interação) da Fiocruz Amazônia, e Fernando Batista, do Programa de Pós-Graduação em Entomologia (PPGEnto), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

No Acre, a pesquisa é realizada na zona rural de Cruzeiro do Sul, município localizado a 635 km da capital Rio Branco. A área foi estrategicamente escolhida por ter a maior incidência parasitária anual de malária dentre as demais regiões do estado, sendo responsável por 50% dos casos de malária e onde estão concentrados os esforços de controle e eliminação da doença na região. O estudo teve início em Rondônia numa das principais áreas de circulação da doença, em Porto Velho, a região da Bacia Leiteira, localizada na divisa da capital com o município de Candeias do Jamari. A região é majoritariamente formada por propriedades rurais.

O projeto é desenvolvido pela Fiocruz Amazônia, no Amazonas, pela Fiocruz Rondônia, em Rondônia, e pela Universidade Federal do Acre (Ufac). Os coordenadores são, respectivamente, os pesquisadores Claudia Maria Rios Velásquez, Maisa Araújo e Rodrigo Medeiros.