Brasil
PF: mensagens com advogado de Trump mostram subordinação de Bolsonaro
Segundo a PF, Bolsonaro se subordinou a grupos estrangeiros, “com finalidade de obter o apoio a pretensões pessoais” e coagir membros do STF.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o advogado Martin de Luca, que representa as empresas Rumble e Trump Media & Technology, mantiveram diálogos constantes sobre a ofensiva de Donald Trump contra o Brasil. Segundo relatório da Polícia Federal (PF), divulgado nesta quarta-feira (20/8), as conversas apontam que o ex-mandatário teria atuado “de forma subordinada às pretensões de grupo estrangeiro” para obter apoio a causas pessoais.
Como prova da subordinação do ex-presidente, a PF revelou que Bolsonaro chegou a pedir auxílio do advogado de Trump na elaboração de um texto para as redes sociais sobre o tarifaço dos EUA contra o Brasil.
Na mensagem de áudio, o ex-presidente pede que Luca o oriente em uma nota, na qual pretendia agradecer Trump após o anúncio da tarifa de 50% contra os produtos brasileiros. Bolsonaro pediu que a mensagem contivesse elogios ao presidente norte-americano e citasse que a “liberdade está muito acima da questão econômica”.
Em outras mensagens, Bolsonaro e de Luca trocam links de declarações na mídia, com ataques contra o judiciário brasileiro e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Confira:
Em determinado momento, durante a troca de mensagens, Bolsonaro disse ao advogado de Trump que poderia entrar em contato “quando desejar”. Os dois chegaram a conversar por mais de oito minutos no dia 15 de julho.
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