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“Crime de honra”: assassinato de adolescente pelo próprio pai gera comoção no Irã

Romina Ashrafi foi decapitada pelo pai depois de fugir de casa com o namorado, de 35 anos, porque a família não aceitava o relacionamento

Causou comoção no Irã o assassinato da adolescente Romina Ashrafi, de 14 anos, decapitada pelo próprio pai depois de fugir com o namorado, de 35 anos, porque a família se opôs ao casamento deles.

Romina fugiu de casa, na província de Guilán, mas ela e o namorado foram encontrados pela polícia. Levada de volta à residência, a menina foi morta pelo pai que, ao se render, afirmou ter praticado um “crime de honra”.

A hashtag #Romina_Ashrafi foi usada mais de 50 mil vezes no Twitter por usuários iranianos, a maioria condenando o crime e a natureza patriarcal da sociedade iraniana e sua violência contra as mulheres.

“Romina não é a primeira nem será a última vítima de crimes de honra”, lamentou Shahindokht Molaverdi, secretária da Sociedade para a Proteção dos Direitos das Mulheres do Irã.

O Código Penal Islâmico do Irã reduz medidas punitivas para pais e outros membros da família que são condenados por assassinato ou agredir fisicamente crianças em casos de violência doméstica ou “crimes de honra”.

 


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