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Itamaraty vai convocar encarregado de negócios dos EUA após embaixada falar em ‘perseguição vergonhosa’ a Bolsonaro

Na avaliação de interlocutores do Ministério das Relações Exteriores e do Palácio do Planalto, a manifestação da embaixada teve um tom acima do normal. Esse questionamento será transmitido a Escobar. Ainda não se sabe quando acontecerá a reunião

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O Itamaraty decidiu convocar o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil após uma nota da representação americana endossar em nota divulgada nesta quarta-feira a declaração em que o presidente do país, Donald Trump, criticou a atuação do Judiciário brasileiro em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com a representação diplomática, a “perseguição política” a Bolsonaro é “vergonhosa e desrespeita as tradições democráticas brasileiras”.

O posicionamento anterior de Trump havia sido criticado por Lula.

“Jair Bolsonaro e sua família têm sido fortes parceiros dos Estados Unidos. A perseguição política contra ele, sua família e seus apoiadores é vergonhosa e desrespeita as tradições democráticas do Brasil. Reforçamos a declaração do presidente Trump. Estamos acompanhando de perto a situação”, disse a Embaixada dos EUA em nota divulgada pela assessoria de imprensa.

Na avaliação de interlocutores do Ministério das Relações Exteriores e do Palácio do Planalto, a manifestação da embaixada teve um tom acima do normal. Esse questionamento será transmitido a Escobar. Ainda não se sabe quando acontecerá a reunião.

A convocação de representante da embaixada, na linguagem diplomática, é uma demonstração de contrariedade. O teor da nota irritou as autoridades brasileiras.

O mesmo ocorre quando o país de origem chama de volta seu embaixador. Não há informação se a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, virá para Brasília.

A Embaixada dos EUA no Brasil está sem titular desde janeiro deste ano, quando o Trump tomou posse. O posto era comandado pela democrata Elizabeth Bagley.

A gestão Trump considera que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, impede a liberdade de expressão no Brasil. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, já declarou que Morais deve sofrer sanções dos EUA. O ministro poderia, por exemplo, ser o pedido de entrar em território americano.

Trump defendeu Bolsonaro nas redes sociais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu, dizendo que o Brasil e o povo brasileiro são soberanos.

Na segunda-feira, após o post de Trump em uma rede social, Lula criticou o presidente americano e disse em nota oficial: “A defesa da democracia no Brasil é uma responsabilidade dos brasileiros. Somos um país soberano e não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Temos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei — sobretudo aqueles que atentam contra a liberdade e o Estado de Direito”.

As informações são do O Globo.

 


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