Mundo
OMS alerta para segunda onda de infecções em áreas onde a Covid-19 está em declínio
Países que suspenderem as medidas de prevenção ao vírus muito cedo podem sofrer com novo surto da doença.
Países onde as infecções por coronavírus estão em declínio ainda podem enfrentar um “segundo pico imediato” se adiarem medidas para interromper o surto muito cedo, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira que o Brasil deve fazer tudo o que estiver a seu alcance para diminuir a taxa de transmissão do coronavírus e que isolamento social é fundamental quando há capacidade de testagem e rastreio dos casos.
Países onde as infecções por coronavírus estão em declínio ainda podem enfrentar um “segundo pico imediato” se adiarem medidas para interromper o surto muito cedo, informou a OMS nesta segunda-feira.
O mundo ainda está incorporado na primeira onda do surto de coronavírus, disse o chefe da emergência da OMS, Mike Ryan, em uma entrevista coletiva online, observando que, embora os casos estejam em declínio em muitos países, eles continuam aumentando na América do Sul e Central, Sul da Ásia e África.
Ryan explicou que as epidemias geralmente ocorrem em ondas, o que significa que os surtos poderiam reaparecer ainda este ano em locais onde a primeira onda havia desacelerado. Ele também observou que existe a possibilidade de a taxa de infectados aumentar novamente e mais rapidamente se medidas para interromper a primeira onda forem suspensas muito cedo.
“Quando tradicionalmente falamos de uma segunda onda, o que geralmente queremos dizer é que, após uma primeira onda, a doença reaparecerá meses depois. E essa pode ser a realidade de muitos países em poucos meses”, disse Ryan, que acrescentou: “Mas também devemos estar cientes do fato de que a doença pode aumentar a qualquer momento”.
Ryan disse que os países da Europa e América do Norte devem “continuar implementando medidas de saúde pública e social, medidas de vigilância, medidas de teste e uma estratégia abrangente para garantir que sigamos uma curva descendente e não tenhamos um segundo pico imediato”.
Muitos países europeus tomaram medidas nas últimas semanas para suspender as regras de confinamento que retardaram a propagação da doença, mas causaram sérios danos às suas economias.
A OMS alertou através de um comunicado, que não existem provas de que as pessoas que se recuperaram da Covid-19 estejam protegidas contra uma nova infecção. Segundo a organização, os chamados “passaportes imunitários” podem favorecer a propagação da pandemia.
Alguns governos levantaram a ideia de distribuir documentos atestando a imunidade das pessoas com base em testes serológicos, que revelam a presença de anticorpos no sangue. Os “passaportes” possibilitariam tirar populações do confinamento, permitindo o retorno ao trabalho e a retomada da atividade econômica.
Mas a eficácia de uma imunização graças aos anticorpos não foi provada até agora pelas informações científicas disponíveis, o que não justificaria um “passaporte imunitário” ou um “certificado de ausência de risco”, previne a OMS.
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