Brasil
Em 11 anos, mais de 135 mil mortes violentas ficaram sem solução no Brasil
Não se sabe se a causa dessas mortes foi acidente, suicídio ou homicídio. Essas causas constituem as MVCI (Mortes Violentas por Causa Indeterminada)

Entre 2013 e 2023, o Estado não conseguiu identificar as causas básicas das mortes violentas de 135.407 pessoas no Brasil. Isso significa que 8,6% das mortes por causa externa não tiveram a intencionalidade identificada, mostra o Atlas da Violência divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. As informações são do UOL.
Não se sabe se a causa dessas mortes foi acidente, suicídio ou homicídio. Essas causas constituem as MVCI (Mortes Violentas por Causa Indeterminada).
Ao longo dos 11 anos analisados, em média, o Estado não conseguiu identificar a intencionalidade de 12.309 óbitos por ano. A partir de 2018, os pesquisadores observaram aumento nos valores absolutos e na participação relativas das MVCI.
A incapacidade do Estado em identificar a causa básica do óbito aumentou consideravelmente a partir de 2018. O fenômeno não é aleatório e está concentrado em algumas unidades federativas. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia concentram 66,4% das MVCI”, aponta o Atlas.
Entre 2013 e 2023, 51.608 homicídios foram identificados como “ocultos no Brasil”. Isso significa que essas mortes não figuraram nas estatísticas oficiais de violência no país, retratando média anual de 4.692 homicídios que deixaram de ser contabilizados.
Assim, nos 11 anos em análise, ao invés ter ocorrido 598.399, houve, segundo a publicação, 650.007 homicídios no país. “Para que se possa entender a magnitude do problema, o somatório de homicídios ocultos entre 2013 e 2023 foi maior do que os homicídios registrados no último ano analisado”, diz a publicação.
O Atlas da Violência 2025 visa retratar a violência no Brasil. Osdados são coletados principalmente a partir do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade) e do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.

Faça um comentário