Os dois tipos de perfis que mais são vulneráveis aos golpes de crimes eletrônicos são as pontas das pirâmides, ou seja, os mais novos e os mais velhos, segundo os especialistas ouvidos pela DW.
“Os mais velhos não têm tanta intimidade com a tecnologia, porque o seu raciocínio está um pouco mais lento, são coisas completamente novas e eles tendem a acreditar mais, principalmente quando os criminosos se passam por alguém da família”, diz Castilho.
“Os mais novos, por outro lado, têm um excesso de confiança, porque estão nascendo dentro da tecnologia, e eles acreditam que sabem tudo, mas o conhecimento é muito raso, normalmente. E os criminosos sabem muito bem disso e sabem que esse público quer agilidade, facilidade e o [produto] mais barato”, completa o especialista.
Como são os golpes mais comuns
O golpe do WhatsApp acontece quando criminosos clonam a conta de WhatsApp da vítima.
Para obter o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo, o golpista envia uma mensagem se fazendo passar por algum tipo de serviço de atendimento ao cliente. Nessa mensagem é solicitado o código para a vítima, que, ao fornecê-lo, tem o número clonado.
Para evitar que o WhatsApp seja clonado é necessário habilitar no aplicativo a opção “verificação em duas etapas”. Assim, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app. Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitada em links recebidos.
No golpe de falsa venda, os criminosos criam sites e páginas falsas de lojas nas redes sociais, e enviam promoções inexistentes por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp.
Para não cair nesse tipo de golpe, é importante ficar atento a preços praticados muito abaixo dos cobrados pelo mercado. Também é importante tomar cuidado com links recebidos em e-mails e mensagens.
Falsa central bancária ou falso funcionário
Já nesse golpe, os criminosos passam por funcionários do banco ou empresa com a qual o cliente já tem um relacionamento. O estelionatário faz contato por telefone e diz haver algum tipo de problema na conta ou relata alguma compra irregular usando o cartão bancário.
A partir daí, ele solicita os dados pessoais e financeiros da vítima. Em alguns casos, ele também pede para que a pessoa realize transferências financeiras alegando a necessidade de regularizar problemas na conta ou no cartão.
Para evitar cair nesse golpe, o cliente deve sempre verificar a origem das ligações e mensagens recebidas. Os bancos podem entrar em contato com os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca solicitam dados pessoais, senhas, atualizações de sistemas, chaves de segurança, ou ainda que o cliente realize transferências ou pagamentos.
Ao receber uma ligação suspeita, o melhor é desligar e ligar nos canais oficiais do banco ou entrar em contato diretamente com o seu gerente.
Vazamentos de dados que expõem informações pessoais e até mesmo senhas acendem um alerta ainda maior para os golpes virtuais. Munidos de mais informações importantes sobre pessoas e empresas, cibercriminosos aproveitam para agirem e fazerem mais vítimas.
Com informações do G1/Tecnologia. Leia mais
Faça um comentário