Amazonas
Menos da metade da população do Estado do Amazonas cumpre isolamento, diz monitor do Estadão
Apontado como uma das armas mais eficazes para tentar conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social está em queda e bem abaixo do índice considerado ideal em todo o Brasil.
O Amazonas – que nos últimos dias bateu recordes diários de infecção por covid-19, está com seu serviço público de saúde saturado, e enfrentou dificuldades para atender ao aumento da demanda por urnas funerárias – tem menos da metade de seus habitantes em isolamento. As informações foram publicadas pelo site do jornal O Estado de São Paulo (estadão.com.br).
Apontado como uma das armas mais eficazes para tentar conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, o isolamento social está em queda e bem abaixo do índice considerado ideal em todo o Brasil.
Nos últimos dias, o número de pessoas que evitou sair às ruas ficou em patamar próximo aos da primeira quinzena de março, quando os casos de covid-19 ainda eram reduzidos no País. O afrouxamento da quarentena por parte da população coincide com o momento em que o sistema público de saúde começa a entrar em colapso e em que até mesmo a rede privada dá sinais de não conseguir absorver a demanda de pacientes.
Para avaliar melhor o comportamento da população nesse momento o Estadão informou que vai divulgar um monitor do isolamento feito com base em dados da Inloco, empresa de tecnologia que fornece inteligência a partir de dados de localização. A empresa tem escritórios em Recife, em São Paulo, Palo Alto (Vale do Silício) e Nova York. O monitor permite verificar o indicador de isolamento do país e também separado por Estados, além de gráficos com o histórico das taxas.
Os dados mostram que a média de isolamento no País está em 43,4%, enquanto que especialistas apontam para a necessidade de o número mínimo ser de 70%. Nenhum Estado brasileiro chega nem sequer perto disso – todos apresentam índice de isolamento inferior a 51%.
A situação de calamidade na saúde vista de norte a sul também não tem sido suficiente para convencer a população a seguir as orientações de afastamento.
O monitoramento inloco/Estadão tem atualização diária e os dados mais recentes demonstram pouca eficácia no lockdown das duas unidades que o decretaram na semana passada, Pará e Maranhão. O número de pessoas que têm evitado ir às ruas ainda é baixo naqueles Estados. Enquanto o Pará registrou 55% de isolamento no fim de semana, essa curva voltou a cair e, na quarta, era de 49,5%. No Maranhão, chegou a 50% no dia das Mães, mas dois dias depois caiu para 48,7%.
O monitoramento inloco/Estadão também permite observar a evolução do isolamento no País desde o fim de janeiro – e isso evidencia um afrouxamento por parte da população após meados de março, justamente quando a pandemia começou a ganhar força. O pico de isolamento no Brasil foi registrado no dia 22 daquele mês, quando 62,6% da população ficou em casa. Desde então, contudo, as curvas de isolamento têm apresentado tendência de queda – o inverso do que registram as curvas de contaminação e mortes por covid-19.
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