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Amazonas

MPAM: Relatório do governo do Amazonas confirma necessidade de endurecer o distanciamento social

Para o órgão, conclusões apresentadas pelo governo coincidem com as do próprio Ministério Público, que pede na Justiça o lockdown

A baixa adesão ao distanciamento social (40%); a não recomendação da flexibilização dessa prática; constatação de que a pandemia está apenas começando no interior do Estado e a recomendação de medidas mais rígidas do distanciamento social para permitir uma queda mais rápida no número de infectados foram as principais conclusões do relatório Curva Epidemiólogica COVID-19, apresentado ontem (12) pelo governo do Amazonas. As informações são do Ministério Público estadual (MPAM).

O relatório foi apresentado na presença do governador Wilson Lima,  do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, de, secretários estaduais e municipais, representantes do legislativo, judiciário, Ministério Público e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), além de entidades da indústria e comércio.

Entre outros dados, o estudo mostrou a relação essencial entre o distanciamento social e o uso da máscara com a diminuição da transmissão da covid-19. No entanto, a adesão ao distanciamento é considerada baixa na capital, atingindo um índice de 40%, o que causa uma diminuição lenta de infecções.

As conclusões do relatório coincidem com a avaliação do próprio Ministério Público. “O MPAM reiterou seu posicionamento pela adoção do lockdown, ao tempo em que cobrou fiscalização mais efetiva e planejada, sobretudo nos bairros onde as medidas restritivas vêm sendo negligenciadas por comerciantes e populares, que vivem em clima de normalidade”, afirmou a Procuradora-Geral Leda Albuquerque.

No último dia 5, o Ministério Público propôs Ação Civil Pública  para que a Justiça determinasse ao Governo do Estado a adoção de medidas não farmacológicas configurando o lockdown. A Justiça, em primeira instância, indeferiu o pedido. O MPAM recorreu e a decisão está na 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJAM).

Covid-19 no interior

O interior do Estado, que não tem estrutura material e humana suficientes para atender os casos mais graves de pacientes infectados, também foi alvo de análise do relatório. Por isso, a chefa do MP estadual cobrou, mais uma vez, o reforço da estrutura da Saúde pública nos municípios. “Cobrei também respostas do Estado quanto  a implantação de um hospital de campanha para os indígenas, inclusive, providência que foi anunciada pelo Ministro da Saúde, em sua visita a Manaus. Na ocasião, o Secretário Executivo do Interior informou que serão instalados de 20 a 30 Leitos, no hospital Nilton Lins, para atendimento aos indígenas infectados pelo coronavírus”, relatou Leda Albuquerque.

O grupo de trabalho que produziu o relatório é formado por dez profissionais oriundos do Departamento de Matemática e Departamento de Estatística da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), do Departamento de Estatística  da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do  Departamento de Estatística, Física e Matemática da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).


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