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Brasil

MPF adverte produtores rurais de Rondônia para não usarem agrotóxicos no entorno de terra indígena

Recomendação aponta graves danos ambientais ao Rio Manoel Correia por conta da atividade de propriedades rurais vizinhas à aldeia indígena da etnia Puruborá.

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou a dois produtores rurais de Seringueiras, em Rondônia, que não realizem novas pulverizações terrestres e aéreas de agrotóxicos ou qualquer produto agrícola sobre as propriedades rurais no entorno das aldeias indígenas da etnia Puruborá. Os dois têm o prazo de 15 dias para informarem se acatarão, ou não, a recomendação.

Desde o ano passado, o MPF apura notícias de graves danos ambientais no Rio Manoel Correia em decorrência de intensa atividade agropecuária em propriedades rurais vizinhas à área da reserva indígena Peroí – ainda não demarcada -, especialmente pela pulverização aérea de agrotóxicos e a consequente mortandade de peixes no rio.

Recentemente, o procurador da República Gabriel Amorim, que assina a recomendação com a procuradora da República Caroline Helpa, esteve no local e colheu depoimentos de indígenas da região. No local, residem nove famílias da etnia Puruborá, que sofrem com os impactos dos agrotóxicos na saúde. Além do risco causado pelo uso frequente de fertilizantes e defensivos agrícolas, o uso constante de aeronaves que sobrevoam a região, próximo às residências dos Puruborá, causam transtornos aos moradores.

De acordo com o próprio Instituto de Defesa Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), o uso de agrotóxicos na região não é adequado, tendo em vista a bacia de captação e nascentes do Rio Manoel Correa. Para o instituto, somente cultivos orgânicos e de recomposição florestal podem ser cultivados no local.


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