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Marinha reforça defesa nas fronteiras do país com novas lanchas blindadas; primeira foi entregue em dezembro, ao Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia, em Manaus (AM).

A primeira das quatro lanchas encomendadas pelo Exército foi entregue em dezembro, ao Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia, em Manaus (AM).

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Novas lanchas blindadas da Marinha do Brasil estão reforçando a defesa das fronteiras fluviais brasileiras. Construídas pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), as embarcações já estão a postos para operações ribeirinhas em áreas estratégicas, como Guaíra e Foz do Iguaçu, no Paraná, conforme a entidade anunciou, na última segunda-feira (27/01). As informações são da revista Náutica.

A primeira das quatro lanchas encomendadas pelo Exército foi entregue em dezembro, ao Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia, em Manaus (AM).

Trata-se de um modelo robusto, construído em alumínio de alta resistência, equipado com proteção balística, metralhadoras 50mm e MAG 7,62mm, capazes de disparar de 600 a mil tiros por minuto.

As lanchas blindadas ainda são potentes, graças aos motores de 320 hp. Os equipamentos permitem que o barco chegue a uma velocidade máxima de 35 nós (cerca de 65 km/h), com 17 pessoas a bordo. A capacidade do tanque, por sua vez, garante uma autonomia de 13 horas na velocidade de cruzeiro.

Outro fator que contribui para a alta velocidade da lancha é o emprego de máquina de corte CNC (do inglês Computer Numeric Control), controlada por computador e capaz de produzir peças em série com precisão.

O gerente de Construção de Embarcações até 200 Toneladas do AMRJ, servidor civil André Patrocínio de Castro, explica que o projeto da lancha blindada é semiautomatizado. Assim, através de uma versão em 3D, o AMRJ consegue “fazer modificações de forma antecipada à construção, na fase de projeto”.

Com isso, conseguimos mitigar qualquer tipo de problema e visualizar futuras melhorias, além de reduzir custo e acelerar a produção– explica

Já em relação à montagem da chapa de proteção balística, Castro ressalta que “o corpo técnico do Arsenal desenvolveu um sistema de montagem” que garantiu “que qualquer erro dimensional na construção da lancha não seria suficiente para impedir a montagem da proteção, nem seria necessário qualquer serviço adicional”.

Quem ditou os passos das novas lanchas produzidas pelo AMRJ foi uma outra classe, a “Excalibur”, projetada e construída pela Base Fluvial de Ladário, no Mato Grosso do Sul. O modelo, batizado de “Cuiabá”, foi entregue ao Grupo de Embarcações de Operações Ribeirinhas do Mato Grosso (GrEOPRibMT) em julho de 2021.

Esta e outras três lanchas similares que pertencem ao Grupo atuam na contenção de incêndios, nos levantamentos hidrográficos e no treinamento militar, conforme explica o Encarregado da Divisão de Manutenção e Reparos do GrEOPRibMT, Primeiro-Tenente Marcus Bezerra.

“A gente opera, por exemplo, no combate aos incêndios florestais, transportando equipe de bombeiros, brigadistas, materiais, combustível para uso de outras embarcações em lugares mais remotos”, conta

A partir da lancha blindada de operações ribeirinhas “Cuiabá”, o Arsenal projetou a “Sinop”, entregue à Delegacia Fluvial de Guaíra, em maio de 2022, e a “São Félix do Araguaia”, em agosto do mesmo ano, à Capitania Fluvial do Rio Paraná. Em setembro de 2023, foi assinado o Termo de Execução Descentralizada (TED) para a construção de quatro unidades, como parte do Projeto de Obtenção de Embarcações Blindadas do Exército Brasileiro.


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