Uso de cheque desaba 95% em 30 anos no Brasil; em 2024, queda foi de 18,4%, diz Febraban

Em meio ao avanço tecnológico no setor financeiro, o uso de cheques no Brasil despencou 95,87% nos últimos 30 anos. Os dados são de um estudo divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

De acordo com o levantamento, o meio de pagamento foi utilizado 137,6 milhões de vezes pelos brasileiros no ano passado. Em 1995, foram compensados 3,3 bilhões de cheques.

Em 2024, ainda segundo a Febraban, o uso de cheques no país teve queda de 18,4% em relação a 2023.
O último ano que registrou aumento na utilização de cheques foi 2000, sempre em comparação com o ano anterior.

Apesar da queda, o cheque resiste

O volume financeiro movimentado pelo uso de cheques totalizou R$ 523,19 bilhões em 2024, o que correspondeu a uma redução anual de 14,2%.

“Apesar da crescente digitalização do cliente bancário, o cheque ainda é bastante usado no Brasil”, pondera Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.

“São diversos motivos que ainda fazem esse documento de pagamento sobreviver: resistência de alguns clientes aos meios digitais, uso em comércios que não querem oferecer outros meios de pagamento, utilização como caução para uma compra ou opção em localidades com problemas de internet, entre outros”, explicou.

Valor médio mais alto

O levantamento aponta ainda que, em geral, o valor médio do cheque é mais alto do que o de outras transações, como o Pix, por exemplo.

Em 2024, o tíquete médio foi de R$ R$ 3.800,87, ante R$ 3.617,60 em 2023.

A pesquisa da Febraban tomou como base os dados do Código do Sistema de Operações Monetárias e Compensação de Outros Papéis (Compe), sistema que processa a compensação bancária de cheques e tem como operador o Banco do Brasil.