Deputado divulga vídeo com denúncias de irregularidades contra OSS que ganhou processo para gerir hospitais no Amazonas

O deputado estadual do Amazonas Wilker Barreto divulgou vídeo, nesta segunda-feira (12/11) denunciando que a Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir), a mesma que venceu o processo de escolha para gerir o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e o Instituto da Mulher D. Lindu, do governo do Amazonas, em Manaus, tem sido alvo de várias denúncias e controvérsias nos últimos anos.

A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) publicou, no Diário Oficial do Estado (DOE), no último dia 5, o resultado do chamamento público para a celebração do contrato de gerenciamento, operacionalização e execução das ações e serviços de saúde no Complexo Hospitalar Zona Sul (CHZ), que compreende o Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto e o Instituto da Mulher Dona Lindu, em Manaus.

Dentre os principais casos, ele destacou, postagens dos sites Goiás 24 Horas e Mais Goiás, informando que, em setembro de 2023, uma ex-funcionária do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), cujo nome não foi revelado, denunciou um esquema de desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da emissão de notas fiscais falsas. Segundo o site, a denunciante disse quea diretoria da Agir orientava a inserção de números fictícios de notas fiscais para obter pagamentos indevidos do Ministério da Saúde.

Também citando o site, o deputado disse que pacientes e profissionais do Crer relataram casos de perseguição, demissões em massa e queda na qualidade do atendimento sob a gestão da Agir. Em setembro de 2023, familiares de pacientes denunciaram que, após reivindicarem melhor atendimento, sofreram retaliações, incluindo a perda de serviços essenciais e demissões de profissionais que se recusavam a dar alta prematura aos pacientes.

Wilker também citou conflito de interesses na administração de Goiás com a Agir. O Goiás 24 Horas informou que, em fevereiro de 2023, surgiram questionamentos sobre a imparcialidade da Procuradora-Geral do Estado, Juliana Prudente, devido à contratação de seu marido pela Agir para atuar no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol). A situação levantou suspeitas de favorecimento e falta de transparência na gestão dos contratos de organizações sociais pelo governo estadual, disse.

Outra informação do deputado foi a de que, em outubro de 2023, durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás, o diretor-geral da Agir, Válney Luís da Rocha, afirmou que a organização apenas cumpre as demandas estabelecidas pelo governo estadual. Ele alertou que “vai chegar um momento que essa bolha vai explodir”, indicando possíveis problemas estruturais na gestão das unidades de saúde sob responsabilidade da Agir.

Instituto de Goiás é escolhido para assumir a gestão do 28 de Agosto e do Instituto D. Lindu, em Manaus, com contrato de R$ 34 milhões mensais