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Brasil

Pesquisa constata contaminação por mercúrio em peixes no rio Madeira, no Amazonas

As análises de mercúrio foram realizadas em Harvard no laboratório de Elsie Sunderland, especialista em metal tóxico.

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Uma pesquisa realizada em parceria entre a Universidade do Amazonas (UEA) e a Universidade Harvard (Estados Unidos) constatou que peixes coletados no rio Madeira, em Humaitá, a 700 km de Manaus, no Amazonas, estão com níveis altos de mercúrio. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

São espécies não predadoras muito consumidas pela população, como farelo, jaraqui e pacu, para as quais a legislação admite concentração de 0,5 miligrama por quilo (mg/kg). Os espécimes coletados na região de Humaitá, de acordo com a pesquisa, continham até 16 mg/kg de metal pesado, 32 vezes mais que o permitido.

Para peixes predadores, como o tucunaré, os limites de tolerância são mais elevados, de 1 mg/kg. Espécies que se alimentam repetidamente de outros animais contaminados, como peixes menores, vão concentrando o metal em seus tecidos e se tornam ainda mais prejudiciais à saúde humana.

As análises de mercúrio foram realizadas em Harvard no laboratório de Elsie Sunderland, especialista em metal tóxico.

A metodologia do grupo de Sergio Duvoisin Junior, na Central de Análises Químicas da Escola Superior de Tecnologia da UEA, marca 84 pontos de medição no rio Negro. Um a cada 14 km, cobrindo o trecho do rio acima que vai de Manaus, onde o Negro se junta ao Solimões para formar o Amazonas, até Santa Isabel do Rio Negro.

No rio Madeira, são 63 locais de coleta. Quando incluir o Solimões no monitoramento de todos os principais rios da bacia amazônica, o trabalho abrangeria mais de cem pontos de medição.


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