Nível do Rio Negro fica estável nesta sexta-feira (01/11), aponta medição do Porto de Manaus

O nível do rio Negro parou de descer nesta sexta-feira (01/11), após vazar, em média, 4 centímetros por dia, desde o dia 25 de outubro, no chamado “repiquete”. De acordo com a medição do Porto de Manaus, a cota permaneceu a mesma do dia anterior, de 12,18 metros (m), apenas 7 centímetros (cm) acima da maior vazante já registrada, de 12,11 m, marca do dia 9 de outubro.

A cota do Negro nesta sexta-feira, ficou 94 cm abaixo da registrada na mesma data de 2023, de 13,02 m. Em 01/11/2023, o nível do rio havia subido 8 cm. O “repiquete” ocorre quando o rio alcança a vazante, enche um pouco e volta a vazar. O fenômeno em 2024 foi previsto pelo Serviço Geológico do Brasil, que atribui essa instabilidade à falta de chuvas frequentes no Amazonas. As que ocorrem são abaixo da média, insuficientes para encher novamente os rios de forma ininterrupta.

Um dos fenômenos típicos do regime das águas na Amazônia, o repiquete foi registrado apenas duas vezes nas vazantes do rio Negro, em Manaus, nos últimos dez anos, até 2023, sendo o mais severo deles em 2016, ano em que após parar de descer em meados de outubro, o nível subiu por alguns dias e depois voltou a descer regularmente até meados de dezembro.

Nos últimos sete dias, o nível do rio baixou 32 cm, atingindo 12,18 metros nesta quinta-feira (31/10). Há a possibilidade de que o repiquete faça com que o Rio Negro alcance as duas menores cotas da história apenas neste ano, conforme dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB).

De acordo com o SGB, a instabilidade do Rio Negro deve continuar até dezembro, uma vez que a quantidade de chuvas nas últimas semanas ficou abaixo da média.