Economia
Norte é a única região em que índice de confiança do empresário da indústria não recuou em outubro, aponta CNI
O Índice de Confiança do Empresário Industrial caiu em 18 dos 29 setores da indústria, em outubro. Nos 11 segmentos restantes, a avaliação dos industriais subiu.
No recorte geográfico da pesquisa, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), em outubro, só não recuou no Norte, de acordo com levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado nesta terça-feira (29/10). No Nordeste, diminuiu 1 ponto; no Sul, 0,8; no Centro-Oeste, 0,6; e no Sudeste, 0,5 ponto. Apesar disso, o ICEI de todas as regiões permanece acima da linha divisória de 50 pontos.
O ICEI caiu em 18 dos 29 setores da indústria, em outubro. Nos 11 segmentos restantes, a avaliação dos industriais subiu. “Esse é o primeiro levantamento da confiança do empresário depois da elevação da taxa Selic, que ocorreu em setembro. A queda disseminada da confiança entre os setores, em outubro, pode refletir essa mudança”, avalia Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
Em três dos 18 setores industriais nos quais o ICEI diminuiu, o resultado foi suficiente para que eles regredissem de confiança para falta de confiança. São eles: Produtos de minerais não-metálicos; Biocombustíveis; e Móveis. Com isso, o número de setores otimistas caiu de 26, em setembro, para 23 em outubro.
Por outro lado, o setor de Serviços especializados para a construção migrou de falta de confiança para confiança, graças à melhor avaliação de seus empresários registrada em outubro. Agora, cinco setores industriais demonstram pessimismo.
Nas pequenas indústrias, o ICEI ficou estável (- 0,1 ponto). Já nas médias empresas, o indicador de confiança dos industriais diminuiu 0,7 ponto na passagem de setembro para outubro, enquanto nas grandes, caiu 0,8 ponto. O levantamento ressalta que a confiança continua positiva em todos os portes.
O ICEI é utilizado para identificar mudanças na tendência da produção industrial. O indicador auxilia na previsão do produto industrial e, por conseguinte, do PIB brasileiro, visto que empresários confiantes tendem a aumentar o investimento e a produção para atender o esperado crescimento na demanda.
Para esta edição do ICEI Setorial, a CNI consultou 1.893 empresas: 759 de pequeno porte; 689 de médio porte; e 445 de grande porte, entre os dias 1º e 10 de outubro de 2024.
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