Em operação contra compra de votos, PF prende duas pessoas e apreende mais de R$ 21 mil em igreja de Manaus

A Polícia Federal (PF) informou que prendeu duas pessoas em flagrante e apreendeu R$ 21.650 em dinheiro em operação contra a compra de votos em Manaus, na manhã deste sábado (26/10), em uma igreja na Zona Norte de Manaus, onde ocorria uma reunião. O dinheiro estava separado em envelopes brancos numerados.Também foram apreendidos uma lista de presença com 50 assinaturas de eleitores e equipamentos eletrônicos.

Segundo a PF, as investigações apontam para a distribuição do dinheiro indicar que a reunião era parte de um esquema organizado, com membros da igreja anotando nomes e conferindo a entrega dos envelopes para a compra de votos.

Além dos dois presos, três outros envolvidos foram levados à Superintendência Regional da Polícia Federal para prestar esclarecimentos. A PF não informou em qual igreja foi feita a apreensão nem o nome dos presos.

Segundo a PF, os detidos poderão responder pelo crime de corrupção eleitoral, que pode resultar em até quatro anos de prisão e multa, com a possibilidade de liberdade após o pagamento de fiança.

O flagrante ocorreu após uma denuncia de que uma “reunião” com eleitores da capital foi convocada por religiosos.

“Havia forte indício de que se tratava de uma operação estruturada, em que o líder anotava os nomes, outro conferia e entregava o dinheiro”, informou PF , em nota.

“Os presos poderão responder pelo crime de corrupção eleitoral em liberdade, após pagamento de fiança”, alertou a PF. “A compra de votos é crime previsto no código eleitoral, que prevê pena de até quatro anos de reclusão, mais pagamento de multa.”

No balanço do primeiro turno divulgado pela PF, 415 eleitores haviam sido presos até o dia 6 de outubro por crimes eleitorais. A PF contabilizou R$ 50,3 milhões em bens e valores apreendidos em operações de combate a crimes eleitorais, R$ 21,7 milhões em espécie.

No dia da votação no primeiro turno, as principais infrações combatidas foram propaganda irregular e corrupção eleitoral. Foram registradas mais 300 ocorrências de crimes eleitorais, das quais 93 deram origem a inquéritos policiais e 173 foram registradas em termos circunstanciados. Outras 34 ocorrências ainda se encontram em andamento.