OMS diz que o estoque mundial de vacinas orais contra cólera está esgotado

A OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou, nesta sexta-feira (18), que não há mais vacinas orais contra a cólera nos estoques mundiais, o que representa um grande problema para tentar conter a propagação da doença.

“Essa escassez traz muitos problemas para os esforços de luta contra as epidemias e afeta os esforços para controlar a propagação da doença”, destacou a OMS em um relatório.

A produção mundial de vacinas funciona em plena capacidade, mas a demanda supera a oferta, ressaltou a organização.

Segundo a OMS, entre 1º de setembro e 14 de outubro, o grupo internacional de coordenação para o fornecido de vacinas recebeu pedidos de vacinas orais contra a cólera de Bangladesh, Sudão, Níger, Etiópia e Mianmar. Esses pedidos representam 8,4 milhões de doses, mas apenas 7,6 milhões podem ser enviadas.

A OMS declarou que 439.724 casos de cólera e 3.432 mortes foram notificados neste ano até 29 de setembro. “Embora o número de casos em 2024 seja 16% menor que o do ano passado, o aumento de 126% no número de mortes é muito preocupante.”

A cólera é uma doença bacteriana intestinal causada por uma toxina produzida por dois sorogrupos da bactéria Vibrio cholerae . A transmissão pode ocorrer pelo consumo de água ou alimentos contaminados. Além disso, o agente causador da doença normalmente vive no mar, o que pode causar infecção em animais aquáticos.

No final de abril, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso autóctone (originário da região onde foi encontrado) de cólera no Brasil em 18 anos. O paciente identificado é um homem de 60 anos que mora em Salvador (BA) e trabalha em Camaçari (BA).

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