Amazonas
Após desabamento em Manacapuru, DNIT vai decretar situação de emergência em todos os portos federais do Amazonas
O Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) resgatou, na manhã desta quarta-feira (09/10), o corpo de Franklin Pinheiro de Souza, 36, que estava desaparecido em consequência do desabamento do barranco.
Devido ao risco de deslizamento em outros municípios do Amazonas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), anunciou, nesta terça-feira (09/10), que vai decretar situação de emergência em todos os portos federais do Amazonas.
De acordo com o diretor de Infraestrutura Aquaviária do Dnit, Erick Moura, a medida visa evitar o mesmo desastre que ocorreu em Manacapuru, região metropolitana de Manaus.
“A intenção do Dnit é decretar situação de emergência para que a gente possa ter mais agilidade e evitar novas situações como essas de Manacapuru. Já determinei que a equipe técnica, faça uma nota para que a gente publique isso em diário oficial”, afirma Moura.
Com a formalização da situação de emergência, o Dnit pretende acelerar as intervenções nas áreas afetadas, priorizando a recuperação de estruturas comprometidas e reforçando as medidas de segurança nas rotas aquaviárias. O objetivo é minimizar os riscos e garantir o restabelecimento da operação segura dos portos no Amazonas.
Resgate de corpo
O Governo do Amazonas informou que a equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) resgatou, na manhã desta quarta-feira (09/10), o corpo de Franklin Pinheiro de Souza, 36, que estava desaparecido desde a segunda-feira (07/10), quando ocorreu um deslizamento de terra no Porto da Terra Preta, em Manacapuru (a 68 quilômetros da capital).
As equipes dos bombeiros permanecem no local, realizando buscas para localizar uma criança de seis anos, que também estava no local no momento do acidente e ainda está desaparecida. Após o acidente, dez pessoas foram encaminhadas para o Hospital Regional Lázaro Reis, de Manacapuru, com escoriações, das quais nove receberam alta e um paciente foi transferido para o Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, em Manaus.
Superfaturamento
Em 2012, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou indícios de irregularidade em obras de portos fluviais no Amazonas. Segundo o órgão, havia pendências em pelo menos 11 contratos. Em todos as obras foram encontrados indícios de sobrepreço ou superfaturamento.
O secretário de Fiscalização de Obras do TCU, Nicola Khoury, afirmou, à época, que “em três terminais que estão em fase de implementação, o Tribunal identificou sobrepreço. ” Houve determinação cautelar de suspensão do procedimento licitatório. Outros sete terminais, que estão em fase bem adiantada, o Tribunal entendeu, por bem, não determinar a suspensão da execução do serviço justamente pela fase adiantada de execução da obra”, explicou.
De acordo com o TCU, o caso mais grave era o do município de Alvarães. Dos 18 milhões orçados para compra de materiais de construção do terminal, seis estavam acima do valor de mercado.
Já nos municípios de Anamã e Anori, dos quase 29 milhões orçados, para construção dos portos, mais de 8 milhões foram superfaturados.
Outros municípios também apresentaram irregularidades: Iranduba, Canutama, Tapauá, Itapiranga, Boa Vista do Ramos, Barreirinha, Beruri e Barcelos.
Em nota, à época, Dnit afirmou ter recebido apenas as notificações dos portos de Anori, Anamã e Alvarães, e que estava sendo tomadas todas as providências para corrigir os apontamentos feitos pelo TCU.
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