Marinha envia navios para buscas por vítimas de deslizamento no rio Solimões, no Amazonas

A Marinha do Brasil enviou dois navios, um helicóptero, uma lancha e mergulhadores para ações de busca e salvamento em Manacapuru, no Amazonas. Um deslizamento de terra soterrou o Porto da Terra Preta, que fica às margens do rio Solimões, na Região Metropolitana de Manaus, na tarde desta segunda-feira. Pelo menos uma criança segue desaparecida na manhã desta quarta-feira.

“Uma criança está desaparecida e outras sete pessoas ficaram feridas após um deslizamento de terra”, informou a Defesa Civil do Amazonas, na rede social BlueSky.

A menina desaparecida é Letícia Correia de Queiroz, de 6 anos. Ela vivia na casa flutuante da família. A residência foi atingida pelo desmoronamento. A criança é sobrinha do artista amazonense Ediomar Pinheiro Queiroz, conhecido como Bboy Tchantcho.

Retomada das buscas

As buscas por desaparecidos foi retomada na manhã desta quarta-feira, 9/10.

— O comando do 9º Distrito Naval encaminhou três embarcações de prontidão, da flotilha do Amazonas e da Capitão dos Portos, e uma aeronave para auxiliar nas buscas e efetuar o reconhecimento da região — disse o capitão de Mar e Guerra André Lysâneas Teixeira Carvalhaes.

Navios de assistência hospitalar também foram enviados para prestar socorro.

A ação também tem o apoio do Grupo de Apoio a Desastres (Gade), da Defesa Civil Nacional. Equipes de salvamento estão no local para o resgate das vítimas. O Corpo de Bombeiros também iniciou um trabalho de mapeamento da área com reforço de mergulhadores e especialistas em estruturas colapsadas.

O Governo do Amazonas afirmou que “segue empenhado nas buscas por desaparecidos no desabamento do Porto Terra Preta em Manacapuru”. A área atingida foi isolada e um trabalho de mapeamento da estrutura colapsada teve início.

A gestão estadual também informou que iniciou um levantamento das áreas de risco e está implementando o plano de contingência.

O deslizamento causou o desabamento do Porto da Terra Preta, um porto de mercadorias e passageiros localizado às margens do rio Solimões, no município de Manacapuru. Algumas construções seguiam de pé à beira da grande cratera formada quando a terra deslizou sobre a água, segundo imagens obtidas pela AFP.

Ferreira Máximo alertou as comunidades ribeirinhas para a possiblidade de processos erosivos que podem causar um desastre natural.

O país sofreu nos últimos anos deslizamentos de terra e inundações causados por fenômenos meteorológicos extremos, atribuídos às mudanças climáticas. Quase 9 milhões de pessoas vivem em áreas de risco, segundo a Presidência.