Conecte-se conosco

Amazonas

Presidente Bolsonaro avalia intervenção na Saúde do Amazonas, diz ministro da Secretaria de Governo

Luiz Eduardo Ramos afirma que ‘situação está muito complicada’ e que presidente estuda como prestar apoio.

O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, afirmou nesta quarta-feira, dia 22, que o presidente Jair Bolsonaro avalia uma possível intervenção no sistema de saúde do Amazonas. Um pedido para que o governo federal assuma o controle foi aprovado na segunda-feira, 20, pela Assembleia Legislativa amazonense, que teme um colapso após a taxa de ocupação de leitos chegar a quase 100%. A informação é do site do jornal Estado de São Paulo.

“A situação do Amazonas está muito complicada”, afirmou o ministro depois de se reunir com líderes do MDB. Ramos deve conversar ainda nesta quarta-feira com o governador Wilson Lima (PSC). O Amazonas já registrou 2.479 casos de coronavírus, com 207 mortes, segundo dados do Ministério da Saúde.

Um pedido de intervenção no Estado costuma partir do governador, que declara insuficiência de meios para dar conta do atendimento durante a pandemia do novo coronavírus, mas, conforme a Constituição Federal, também pode ser solicitado pelo Poder Legislativo.

Na reunião que teve com Bolsonaro nesta quarta-feira, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) levou a proposta de intervenção federal na saúde do Estado aprovado pelos deputados. “Depende muito do governo estadual”, disse o senador.

Sem leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), respiradores e recursos humanos, desde a semana passada o governo do Amazonas passou a equipar as unidades hospitalares do Estado com contêineres frigoríficos para acondicionamento de corpos das vítimas da doença.

Na quinta-feira, 16, um vídeo vazado por profissionais do plantão do hospital público da rede estadual João Lúcio, zona Leste de Manaus, viralizou nas redes sociais e assustou a população. Nele, pacientes e mortos dividem o mesmo espaço na unidade. A pessoa que filma circula entre os leitos que mostram corpos já empacotados em macas lado a lado com pacientes e funcionários que estavam no plantão. O vídeo mostra pelo menos dez corpos.

Os enterros de vítimas da covid-19 na capital amazonense passaram a ser feitos em valas coletivas no Cemitério Parque Tarumã.

“Hoje, dos 106 sepultamentos (no Estado), 36,5% das pessoas morreram em casa. Está se caracterizando certa falência, certo colapso das possibilidades de atender. Nosso Hospital de Campanha, e a prefeitura não tem obrigação de cuidar de hospitais, está trabalhando e bem. Hoje, se não me engano, foram quatro altas. Estamos acolhendo as pessoas com critério muito rígidos para termos certeza de dominância do quadro. O número de UTIs está crescendo e as UTIs estão totalmente lotadas. As quatro vagas abertas com certeza já foram ocupadas”, disse o prefeito Arthur Virgílio (PSDB) nas redes sociais na terça-feira, 21.


Clique para comentar

Faça um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

18 − dois =