Amazonas
Candidato Mateus Assayag denuncia suposto esquema criminoso para beneficiar adversária em Parintins
Segundo Assayag, agentes do governo do Amazonas foram ao município para intimidar eleitores, visando o pleito do próximo domingo (06/10).
A coligação do candidato a prefeito de Parintins, Mateus Assayag (PSD), divulgou na tarde deste sábado (28/09), trechos de um vídeo em que o presidente da Cosama, Armando do Vale; o secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz; o secretário da Casa Civil, Flávio Anthony; o secretário de administração, Fabrício Barbosa; o comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar em Parintins, tenente coronel Francisco Magno Judss e um oficial da tropa de choque, supostamente articulam uma série de ações em benefício de Brena Dianná (União Brasil), candidata apoiada pelo governador Wilson Lima.
Em trecho do vídeo, divulgado durante coletiva de imprensa, segundo a denúncia, o grupo alinha o deslocamento de policiais civis e militares a Parintins. Segundo Assayag, os agentes foram ao município para intimidar eleitores, visando o pleito do próximo domingo (6). O candidato do PSD cita ainda servidores da Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas (Sefaz) que teriam ido a Parintins fiscalizar somente estabelecimentos que o apoiam.
A denúncia diz que o vídeo original possui cerca de 1h de duração e foi gravado durante uma reunião no dia 3 de agosto, supostamente, realizada na casa do candidato a prefeito de Manaus, Roberto Cidade (UB), também apoiado pelo governador Wilson Lima. O filme já foi entregue à Superitendência da Polícia Federal no Amazonas (PF-AM) para que sejam tomadas todas as medidas.
“Lamento muito que tudo isso esteja acontecendo. Sem dúvida nenhuma, isso é um golpe gigantesco em todo o povo de Parintins. (…) Uma estruturação de uma verdadeira organização criminosa dentro do Governo do Estado, que arquiteta tudo isso que está acontecendo aqui, dia após dias. Tudo montado, planejado e arquitetado”, disse Assayag.
O candidato do PSD encerrou a coletiva pedindo a prisão preventiva dos envolvidos no suposto esquema e solicitando a remoção das forças policiais de Parintins.
“Confio na Justiça, na justiça dos homens e na justiça de Deus. Peço novamente a prisão preventiva dessa organização criminosa, que está instalada dentro do Governo do Estado, e, de forma urgente, a retirada das forças policiais do pleito de Parintins. Peço o envio das forças nacionais para que a gente tenha a segurança do pleito e a garantia da democracia dentro do nosso município”, finalizou.
Conforme a denúncia de Assayag, o grupo em reunião deixa explícito a montagem de operações policiais com o contingente de 28 homens da tropa de choque para praticarem abordagens seletivas a pessoas partidárias do candidato. Segundo ele, em outro momento do vídeo, Armando do Vale diz que “numa campanha só não vale é perder”.
Os advogados de Assayag solicitaram a antecipação do envio das Forças Federais para a cidade sob a justificaiva de que “é nítido o emprego da Polícia Militar em favor de uma candidatura e a ampliação do efetivo da Polícia Federal”. Os advogados também denunciam o desvio das cestas básicas destinadas às famílias atingidas pela estiagem, pela Cosama para a compra de voto e não pela Defesa Civil do Estado.
O governo do Amazonas e os citados por Assayag não se maniestaram oficialmente sobre as denúncias.
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