Amazonas aparece em 3ª em ranking de taxas mais altas e inadimplência em condomínios

O Amazonas é terceiro estado brasileiro com taxas de condomínio mais altas e também com maior índice de inadimplência condominial acima dos 30 dias no primeiro semestre de 2024. É o que revela levantamento da plataforma para mercados condominial e imobiliário Superlógica.

Goiás lidera o ranking de inadimplência da taxa condominial, com 20,9%. Em seguida aparece Mato Grosso (20,3%) e Amazonas (15,9%). Entre os estados com as taxas mais altas estão Ceará (R$ 1.289,75), Pernambuco (R$ 1.263,85) e Amazonas (R$ 1.087,50).

A média nacional da inadimplência acima de 30 dias da taxa de condomínio foi de 10,6% no acumulado do primeiro semestre deste ano.

O levantamento da Superlógica também identificou que o percentual de aumento da taxa de condomínio foi de 3,59%, em média, superando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 2,48% nos primeiros seis meses do ano.

Os valores médios passaram de R$ 742,26 em janeiro para R$ 768,97 em junho.

De acordo com o levantamento, em São Paulo, a média de inadimplência foi de 9,5%, enquanto no Rio de Janeiro foi de 11,4%.

Em junho de 2024, o mapa da inadimplência da Serasa indicou que 72,50 milhões de brasileiros tinham dívidas ou contas em atraso. João Terra Baroni, diretor da unidade de crédito da Superlógica, explica que, quando enfrentam uma situação financeira crítica, os moradores tendem a priorizar o pagamento de contas que consideram mais importantes.

“Quando se está em uma situação financeira complicada, muitas vezes o morador opta por pagar as contas que considera mais importantes, como água, luz ou a parcela de financiamento do imóvel. Entretanto, a taxa condominial, se acumulada, pode levar à judicialização da dívida e à colocação do imóvel em leilão”, diz.

Para Baroni, a falta de previsibilidade é a principal dificuldade enfrentada pelos condomínios devido à inadimplência.

“O condomínio com uma taxa de inadimplência muito elevada enfrenta uma série de problemas, pois as obras de melhoria e até mesmo manutenções importantes deixam de ser realizadas por falta de recursos”, avalia.