Amazonas
Seca já eleva custo de produção na Zona Franca de Manaus diz Federação das Indústrias do Amazonas
Infraestrutura fluvial tem sofrido com a seca, o que força busca por rotas alternativas; boa parte das indústrias tem planejamento para eventual desabastecimento de insumos, diz federação.
Sem alívio na estiagem, o pacote de medidas para evitar uma situação semelhante à de 2023 — quando a seca histórica no Amazonas prejudicou a chegada de insumos e saída de produtos da Zona Franca de Manaus — deve encarecer os custos de produção e, eventualmente, ser repassado ao consumidor final, afirma a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). A informação é do jornal Valor Econômico.
“Boa parte das indústrias montou um planejamento para mitigar a possibilidade de desabastecimento de insumos. A ação não elimina o risco, mas reduz a possibilidade de enfrentarmos condições como as de 2023”, afirma Antonio Silva, presidente da entidade.
Segundo Silva, já existe uma elevação nos estoques de componentes. Os fluxos logísticos de entrada e de saída foram alterados para se adequar à busca de alternativas. “Essas são medidas que, todavia, elevam os custos de produção e podem afetar o preço final dos produtos”, diz.
A infraestrutura fluvial que abastece o estado tem sofrido com a seca, o que força empresas locais a buscar rotas e modais alternativos. Entre as medidas, o presidente da Fieam destaca a liberação de licenças ambientais para a instalação de portos flutuantes entre Itacoatiara e o Rio Madeira, que têm o objetivo de facilitar o transbordo das mercadorias.
O governo federal também trabalha nas dragagens dos rios Amazonas e Madeira para permitir a navegação. “Não há uma solução única ou definitiva quando lidamos com fatores climáticos extremos como nessa situação. O que precisamos é de celeridade para que as ações em curso sejam concluídas a tempo de abrandar os efeitos mais nocivos da estiagem”, diz Silva.
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