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Economia

Uso do cheque especial é o menor em mais de dez anos, revela pesquisa da CNC sobre dívidas

Levantamento apontou também que percentual de famílias com dívidas a vencer teve a terceira alta consecutiva. No entanto, número de inadimplentes se manteve estável.

O uso do cheque especial atingiu o índice de 3,9% em maio, o percentual é o menor desde que a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) teve início, em 2010. De acordo com Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), responsável pelo levantamento, a aposta é de que há maior planejamento pelas famílias brasileiras, impulsionado pela taxa de juros do cheque especial em relativa estabilização, renda média sem alteração significativa e redução do ritmo de queda da taxa de juros.

Na direção oposta, a pesquisa da CNC apontou que o percentual de famílias com dívidas a vencer (cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa) foi de 78,8% no último mês, terceira alta consecutiva. Apesar do maior volume de dívidas, o percentual de famílias inadimplentes se manteve em 28,6% pelo segundo mês consecutivo.

Presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, avalia que mesmo com mais pessoas endividadas, a queda do uso do cheque especial e a estabilidade na inadimplência são um bom sinal.

— O avanço no mercado de trabalho, apontado na última Intenção de Consumo das Famílias (ICF), também apurada pela CNC, revela uma maior parcela da população assalariada e, assim, com mais condições de arcar com seus pagamentos — diz.

Tadros acrescenta que projeções da CNC mostram que o aumento do endividamento deve continuar, enquanto a inadimplência tende a se manter estável e aumentar mais perto do fim do ano.

Já o percentual de famílias que não terão condições de pagar dívidas teve queda de 0,1 ponto p.p, e terminou maio em 12%.

O tempo médio de atraso nas dívidas também ficou estável em 64 dias, e o percentual dos que estão inadimplentes há mais de três meses teve queda de 0,1 p.p., chegando a 47,3% do total de endividados em maio. Por outro lado, houve aumento da proporção com atrasos entre 30 e 90 dias para 29,2%.


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