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Amazonas

Ex-prefeito no Amazonas é alvo de operação policial por rota de tráfico para o Rio de Janeiro

A Operação Rota do Rio, da qual Raimundo Chico foi alvo, está cumprindo 99 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais e Pará.

Raimundo Chico foi prefeito de Anamã, Amazonas. (Foto:Reprodução )

O ex-prefeito de Anamã, no Amazonas, Raimundo Chico, foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (21/5), por associação ao Comando Vermelho e por participar da rota do tráfico que envia drogas do Amazonas para o Rio de Janeiro.

A Operação Rota do Rio, da qual Raimundo Chico foi alvo, está cumprindo 99 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais e Pará. Os mandados miram pessoas físicas e jurídicas apontadas como integrantes ou associados a um dos braços operacionais e financeiros do Comando Vermelho, de acordo com informações do site Metrópoles.

O ex-prefeito foi cassado as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, lavava dinheiro para o Comando Vermelho, usava dinheiro do tráfico em suas campanhas eleitorais e tinha participação direta nos negócios da facção no município. A Polícia Civil descobriu que o Comando Vermelho usava um frigorífico de Raimundo Chico para fazer pagamentos e movimentar o dinheiro do tráfico.

Raimundo Chico foi prefeito de Anamã duas vezes, uma pelo PCdoB, em 2012, e a outra pelo MDB, em 2016. No último pleito em que concorreu, teve sua candidatura cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico. Apesar de inelegível por dez anos, o ex-prefeito ainda tem um cargo de “diretor” na prefeitura de Anamã.

Investigações

Segundo as investigações da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), houve um racha na facção Família do Norte, e um dos lados migrou para o CV e fundou o Comando Vermelho do Amazonas (CVAM), reconfigurando as rotas das drogas pelo país.

Essa aliança passou a controlar, por exemplo, a fronteira do Brasil com o Peru e com a Colômbia.

Ainda de acordo com a DCOC-LD, a quadrilha realiza pagamentos de forma pulverizada a diversos laranjas e empresas, como um frigorífico, para dificultar as investigações. Em 2 anos, as facções movimentaram R$ 27 milhões em atividades ilícitas.


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