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Economia

IBGE: Produção industrial recua 0,3% de janeiro para fevereiro, mas cresce 5% na comparação anual

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria cresceu 5,0% em fevereiro de 2024, sétimo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação.

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Em fevereiro de 2024, a produção industrial nacional variou negativamente 0,3% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. É o segundo recuo consecutivo, com perda acumulada de 1,8%.  As informações são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira, 03/04, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria cresceu 5,0% em fevereiro de 2024, sétimo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. Ainda na comparação com o mesmo período de 2023, o setor industrial apontou expansão de 4,3% nos dois primeiros meses de 2024.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, avançou 1,0% em fevereiro, intensificando o ritmo de crescimento frente aos resultados de janeiro de 2024 (0,4%) e de dezembro de 2023 (0,1%).

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Somente uma das quatro grandes categorias econômicas e 10 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram redução na produção. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por produtos químicos (-3,5%), indústrias extrativas (-0,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%).

Por outro lado, entre as 13 atividades que apontaram avanço na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%) e celulose, papel e produtos de papel (5,8%) exerceram os principais impactos em fevereiro de 2024. Vale destacar também os avanços assinalados pelos ramos de produtos de minerais não metálicos (4,5%), de produtos de borracha e de material plástico (3,0%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,2%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,4%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens intermediários (-1,2%) assinalou a única taxa negativa em fevereiro de 2024.

Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (3,6%) apontou o crescimento mais acentuado em nesse mês. Os setores produtores de bens de capital (1,8%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) também assinalaram resultados positivos em fevereiro de 2024.

 

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Média móvel trimestral varia -0,1% no trimestre encerrado em fevereiro

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria teve variação negativa de 0,1% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024 frente ao nível do mês anterior, interrompendo, dessa forma, a trajetória predominantemente ascendente iniciada em fevereiro de 2023.

Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários, ao recuar 0,7%, assinalou o único resultado negativo nesse mês e interrompeu quatro meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou avanço de 2,9%. O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis mostrou variação nula (0,0%) em fevereiro de 2024, após apontar -0,1% em janeiro de 2024 e 0,0% em dezembro de 2023.

Por outro lado, os segmentos de bens de capital (3,5%) e de bens de consumo duráveis (3,8%) assinalaram os resultados positivos nesse mês, com o primeiro intensificando a expansão de 2,6% registrada em janeiro último; e o segundo permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2023.

Frente a fevereiro de 2023, a indústria avança 5,0%

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 5,0% em fevereiro de 2024, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, em 20 dos 25 ramos, 55 dos 80 grupos e 57,7% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que fevereiro de 2024 (19 dias) teve 1 dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (18).

Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por produtos alimentícios (8,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,5%), indústrias extrativas (5,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (9,8%). Vale destacar também as contribuições positivas assinaladas pelos ramos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (18,1%), de celulose, papel e produtos de papel (7,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,0%), de bebidas (7,3%), de produtos de borracha e de material plástico (5,8%), de produtos de madeira (16,0%), de produtos de minerais não metálicos (5,8%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (9,3%) e de outros equipamentos de transporte (9,6%).

Por outro lado, entre as cinco atividades que apontaram redução na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-17,5%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria. Outro impacto negativo importante foi assinalado pelo setor de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-8,3%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (9,3%) assinalou, em fevereiro de 2024, a expansão mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de capital (5,3%), de bens intermediários (5,1%) e de bens de consumo semi e não duráveis (4,8%) registraram as demais taxas positivas nesse mês.

No índice acumulado para janeiro-fevereiro de 2024, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 4,3%, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 25 ramos, 48 dos 80 grupos e 55,9% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (8,1%), indústrias extrativas (6,1%) e produtos alimentícios (6,0%).

Vale destacar também os impactos positivos registrados pelos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (16,7%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (5,1%), de bebidas (8,7%), de produtos químicos (2,8%), de produtos de madeira (16,1%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,0%), de celulose, papel e produtos de papel (3,8%), de produtos de borracha e de material plástico (3,2%), de outros equipamentos de transporte (8,3%) e de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (7,9%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-fevereiro de 2023, entre as cinco atividades que apontaram redução na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-16,4%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria. Outra contribuição negativa importante foi assinalada pela atividade de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-8,4%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os dois primeiros meses de 2024 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (5,2%) e bens intermediários (4,8%). Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (4,1%) e de bens de capital (3,6%) também apontaram resultados positivos no índice acumulado no ano, mas registraram avanços menos intensos do que o verificado na média da indústria (4,3%).


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