Brasil
Regiões Norte e Centro-Oeste lideram avaliação de que economia brasileira piorou nos últimos meses, aponta Datafolha
Na média nacional, a avaliação de que a economia do país piorou nos últimos meses cresceu de 35% para 41% na comparação com levantamento realizado em dezembro do ano passado.
Com 49%, as regiões Norte/Centro-Oeste lideram o índice dos que avaliam que a economia do país piorou nos últimos meses, aponta a última pesquisa DataFolha, realizado nos dias 19 e 20 de março de 2024. Nas duas regiões, o índice dos que viram piora na economia era de 40% no final de 2023. Na região Nordeste, 30% avaliam que a economia brasileira piorou nos últimos meses (eram 28% em dezembro), índice inferior, e com variação menor na percepção de piora, do que o registrado no Sul (47% veem piora, ante 44% na pesquisa anterior), no Sudeste (43%, ante 35% em dezembro).
Na média nacional, a avaliação de que a economia do país piorou nos últimos meses cresceu de 35% para 41% na comparação com levantamento realizado em dezembro do ano passado. Entre aqueles que votaram em Lula (PT) no segundo turno da eleição presidencial de 2022, 16% veem piora no cenário econômico do país, com oscilação em relação ao levantamento anterior (13%). Entre eleitores de Jair Bolsonaro (PL), essa percepção cresceu de 59% para 69%.
A taxa dos que veem piora na economia brasileira ultrapassou a dos que vinham percebendo melhora, que recuou de 33% para 28% no mesmo período. Para 30%, a economia do país ficou estável, em nível similar ao registrado em dezembro (29%), e 1% não respondeu. Apesar da queda em relação a dezembro, o índice dos que viram melhora na economia do país registrado agora fica acima do verificado em março de 2023, quando 23% apontavam melhora, 35%, piora, e 41%, estabilidade.
Houve aumento, na comparação com dezembro, na avaliação sobre piora da situação econômica na maior parte dos principais segmentos da pesquisa, com exceção da faixa dos mais jovens, no qual houve recuo de 37% para 33% nesse indicador. A alta ficou acima da média nas faixas de 35 a 44 anos (de 35% para 46%) e de 45 a 59 anos (de 32% para 42%).
Na avaliação sobre a situação econômica pessoal nos últimos meses, caiu de 35% para 28% o índice dos que apontam melhora, e oscilou de 26% para 28% a percepção de piora. Para 44%, a situação ficou estável (eram 38% em dezembro do ano passado). Os índices atuais são similares aos registrados em setembro do ano passado (30% de melhora, 26% de piora e 44% de estabilidade).
Em relação a março de 2023, o percentual de pessoas que viram sua situação econômica melhorar agora é mais alto (eram 23% há um ano), e o de pessoas que apontaram piora é similar (eram 27%), com diferença no nível dos que indicaram estabilidade (eram 50%).
A queda na avaliação de que a situação econômica pessoal melhorou nos meses anteriores foi mais acentuada entre jovens de 16 a 24 anos (de 44% para 29%), na faixa de renda mensal familiar de 5 a 10 salários (de 45% para 29%) e entre assalariados registrados (de 38% para 26%). No grupo com renda de 5 a 10 salários, a percepção de piora na situação econômica pessoal passou de 22% para 30%.
Na comparação com dezembro do ano passado, há menos brasileiros otimistas e mais pessimistas tanto em relação ao futuro econômico do Brasil quanto de si.
A expectativa de que a economia brasileira vai melhorar nos próximos meses caiu de 47% para 39%, com alta de 22% para 27% na tendência contrária, de piora econômica. Uma parcela de 32% vê estabilidade (em dezembro, 29%), e 2% não opinaram. Os índices atuais ficam mais próximos do registrado em setembro de 2023, quando 41% tinham expectativa de melhora econômica para o país, ante 28% que esperavam por piora, e 29%, por estabilidade. Na comparação com março de 2023, o cenário atual também é mais pessimista: à época, 46% previam melhora para a economia, enquanto 26% apontavam para uma piora, e outros 26%, por estabilidade.
O índice de pessimismo com a economia do país fica acima da média entre os mais escolarizados (33%), entre os mais ricos (35%), na região Sul (34%), entre evangélicos (32%) e na parcela que reprova o governo Lula (56%). Fica abaixo da média, por outro lado, entre os mais jovens (19%), no segmento dos menos escolarizados (20%), no Nordeste (19%, e 49% de otimismo), e entre quem aprova (6%) ou considera regular (18%) o governo Lula.
Sobre a situação econômica pessoal, a maioria (53%) está otimista e acredita que irá melhorar nos próximos meses, e somente 13% preveem piora. Há 32% que avaliam que a vida econômica ficará igual, e 2% não responderam. Em dezembro do ano passado, 62% estavam otimistas com a situação econômica pessoal, e 10%, pessimistas, com 26% apontando para estabilidade. Os dados mais atuais são similares ao registrados em setembro de 2023, quando 55% previam melhora da vida econômica pessoal, 12% tinham expectativa de piora, e 31% previam estabilidade. Também estão alinhados ao mesmo período do ano passado, quando 56% previam melhora, 14%, piora, e 28%, estabilidade.
A queda no otimismo na vida econômica pessoal foi mais acentuada na faixa de 25 a 34 anos (de 69% para 53%) e entre quem tem renda familiar de 5 a 10 salários (de 62% para 47%).
As expectativas econômicas sobre inflação, desemprego e poder de compra também ficaram mais pessimistas.
Seis em cada dez (60%) brasileiros preveem que a inflação irá aumentar daqui para frente, ante 51% em dezembro do ano passado. Para 14%, a inflação irá cair (eram 19%), 23% avaliam que ficará igual (em dezembro, 27%), e 3% não opinaram. O índice de expectativa de alta na inflação atual é o mais alto desde junho de 2022, quando era de 63%.
A previsão de alta no desemprego é compartilhada por 46%, em alta na comparação com dezembro (39%) e em nível similar ao registrado em setembro (46%) e março (44%) de 2023. Para 24%, o desemprego irá cair (eram 31% em dezembro), 28% preveem estabilidade (em dezembro, 27%), e 2% não opinaram.
Sobre o poder de compra, os brasileiros se dividem entre aqueles que preveem aumento nos próximos meses (30%), queda (34%) ou estabilidade (34%), com 2% sem opinião. Na pesquisa anterior, 34% previam alta no poder de compra, ante 30% que previam queda e 33% apontavam para uma estabilidade.
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