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Brasil

Pesquisa afirma que fungos nativos da Amazônia podem ser usados no combate à dengue

A pesquisa coletou 23 espécies de fungos nativos da Amazônia e estudou quais deles eram capazes de parasitar os mosquitos Aedes aegypti, tornando os insetos incapazes de se alimentarem ou se reproduzirem.

Pesquisadores da Universidade Federal do Acre (UFAC) encontraram uma forma de combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue e a zika, usando fungos nativos da Amazônia. A descoberta vem em meio ao aumento de chuvas no Brasil e à elevação no risco de transmissão das doenças, além de uma possível epidemia de dengue em 2024.

Fungos contra o Aedes aegypti

A pesquisa coletou 23 espécies de fungos nativos da Amazônia e estudou quais deles eram capazes de parasitar os mosquitos Aedes aegypti, tornando os insetos incapazes de se alimentarem ou se reproduzirem. Do total, três se mostraram eficazes, tendo uma capacidade de 100%, 95% e 80% na tarefa.

Para testar a hipótese, as larvas do mosquito foram colocados em recipientes com água destilada e um concentrado de esporos responsáveis pela reprodução dos fungos, e em outro com água estéril.

Um segundo teste foi feito com os fungos aplicados em óleos minerais e vegetais. Nesse caso, a eficiência do inseticida natural foi menor do que na água. No entanto, o óleo mineral se mostrou mais longevo na ação de combate do que o óleo vegetal.

Por último, os pesquisadores realizaram testes em condições semelhantes àquelas encontradas nas ruas das cidades, como caixas de água, garrafas e pneus com água parada. Um dos fungos diminuiu a eficiência de 100% para 65%, o segundo se manteve em 95% e o terceiro aumentou de 80% para 100%.

Importância da pesquisa no combate à dengue, zika e outras doenças

-Em condições normais, a taxa de mortalidade do mosquito é de 10%, ou seja, os fungos aumentam e muito o combate ao inseto transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.
-Apesar de as duas últimas doenças serem menos comuns, a descoberta vem em um cenário de aumento da incidência de chuvas e, consequentemente, em que água parada tende a se acumular em locais inesperados, propiciando a transmissão.
-A dengue é a mais comum delas e, apesar de já existir uma vacina aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o imunizante ainda não foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Para piorar a situação, como aponta o jornal Nexo, há uma preocupação de uma epidemia de dengue em 2024, já que foram registrados quatro casos do sorotipo 3 da dengue no Brasil, que não circulava há 15 anos. Ou seja, boa parte da população ainda não tem anticorpos contra o vírus.

Assim, os fungos podem funcionar como uma solução regional, de fácil incorporação e sem contaminar as águas com inseticidas ou outras substâncias prejudiciais.

As informações são do site Olhar Digital.


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