Amazonas
Vazante do rio Negro em Manaus em 2023 é recorde, aponta medição do Porto
A medição superou a marca recorde anterior, de 13,59 metros, de 16/10/2023.
O cota do rio Negro em Manaus chegou a 13,59 metros nesta segunda-feira (16/10) alcançando a maior vazante já registrada, de acordo com a medição do Porto de Manaus.
A medição superou a marca recorde anterior, de 13,59 metros, de 16/10/2023.
O recorde atingido nesta segunda-feira acontece 8 dias antes da data registrada em 2010, quando o recorde foi atingido no dia 24, o que confirma o vazamento maior não só em volume mas também em velocidade.
A marca histórica foi detectada as 5h40, pelo funcionário do Porto de Manaus responsável pelas medições, Francisco Edno, que esteve no local acompanhado pela equipe da TV A Crítica formada pela repórter Roberta Bindá, o cinegrafista Pedro Bala e a produtora Rayane Garcia. O registro deve ser publicado no site do Porto de Manaus por volta de 8h.
A previsão de Francisco Edno é que o Rio Negro ainda desça por pelo menos 10 dias, o que pode fazer o nível do Rio Negro em Manaus ficar abaixo dos 13 metros até o final deste mês.
A vazante histórica deste ano acontece dois anos após o Rio Negro ter também a sua maior cheia, ocorrida em 2021, quando a marca de 30,02 metros foi atingida na capital.
Níveis abaixo da normalidade
De acordo com Jussara Cury, pesquisadora em geociências do Serviço Geológico do Brasil, na data de hoje (16/10), a marca foi ultrapassada em razão da severidade da vazante em todo estado. Ela acrescenta que essa marca ocorre não só no Rio Negro como também nos rios Solimões, Madeira, Purus e região do Alto Rio Negro. “Os níveis estão abaixo da faixa de normalidade em todas essas calhas e próximas aos intervalos das mínimas. Há uma tendência de que essa vazante continue na região metropolitana de Manaus até o final de outubro”, informou.
A pesquisadora informa que, no momento, o Rio Negro ainda está em recessão, com descidas em torno de 9 a 10 centímetros. Há indícios de que ocorra a redução dessa intensidade nesta semana, em razão da região à montante também ter entrado no processo de redução descida.
Estabilidade
Jussara Cury informou que os boletins climáticos indicam precipitação na região à montante, nas áreas de nascentes e nas cabeceira antes do Rio Solimões. “Há tendência de que os níveis nessa região parem de descer e voltem a subir. O que pode contribuir para, pelo menos, a calha do Solimões entre numa fase de estabilidade”, finalizou.
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