Economia
Preços do petróleo despencam e dólar chega a bater R$ 4,79 nesta segunda
Após Arábia Saudita anunciar que vai aumentar produção do petróleo, preços caem 30% e tensão toma conta nos mercados
Os preços do petróleo despencaram mais de 30% hoje (9), o maior recuo diário desde a Guerra do Golfo, em 1991, após a Arábia Saudita sinalizar que vai elevar a produção e cortar o preço do petróleo para ganhar participação no mercado, que já está com sobreoferta devido aos efeitos do coronavírus sobre a demanda.
O anúncio da queda nos preços do petróleo causou forte tensão nos mercados e, mais uma vez, os efeitos foram sentido na alta do dólar. A moeda norte-americana chegou a bater R$ 4,7906 na máxima até o momento.
A medida da Arábia Saudita foi anunciada depois que a Rússia recusou aderir a cortes adicionais de oferta propostos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para estabilizar os mercados da commodity.
O petróleo Brent chegou a recuar, no início de hoje, 31%, para US$ 31,02, enquanto o WTI chegou a despencar 33%, para US$ 27,34 dólares. Foram os menores níveis desde 12 de fevereiro de 2016.
A maior queda diária do petróleo dos EUA foi em 1991, quando a cotação recuou em um terço. “Esse ambiente de menor preço deve ter duração limitada, de alguns meses, a não ser que todo o impacto desse vírus sobre os mercados globais e a confiança do consumidor leve à próxima recessão”, disse o vice-presidente de análise estratégica da ARM Energy, Keith Barnett.
A Arábia Saudita pretende aumentar sua produção para acima de 10 milhões de barris por dia (bpd) em abril com o final do atual acordo para redução de oferta, que expira ao final de março, disseram duas fontes à Reuters no domingo.
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