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Golpes digitais em compras on-line geram prejuízos de R$ 392 milhões, aponta pesquisa
Levantamento identificou uma média de 2,6 tentativas de roubo de contas por minuto.
As fraudes nas compras digitais geraram prejuízos de R$ 392 milhões, somente no 1° semestre do ano, sendo os eletrônicos a categoria mais procurada. Segundo um levantamento feito pela OLX e pelo AllowMe, plataforma de prevenção à fraude e proteção de identidades digitais, no período, foram identificados 3.289 golpes aplicados em compras e vendas pela internet, em pesquisa feita nos estados de São Paulo, Rio e Minas Gerais. O Estado do Rio é o segundo estado em número de fraudes, atrás de São Paulo, e teve um prejuízo estimado de R$ 15,4 milhões nos seis primeiros meses do ano.
O levantamento identificou uma média de 2,6 tentativas de roubo de contas por minuto. O estudo aponta que o chamado “golpe da compra confirmada” lidera a lista, com 31% dos casos. Já a invasão de conta aparece em 2° lugar na lista (25%). O roubo de dados fecha o top 3 de golpes (23%).
Celulares no topo da lista
Smartphones estão no topo da lista dos produtos mais visados nas fraudes, representando 34%, sendo o modelo Iphone, da Apple, o mais visado, com 77% dos casos. Videogames ficam em segundo lugar, com 24% do total, sendo os da marca PlayStation os preferidos dos golpistas (70% das fraudes ), seguido pelo Xbox (23%). Já os computadores representam 12% dos golpes.
Comportamento do fraudador
Ao contrário do que muitos pensam, os golpistas geralmente não agem sozinhos nem de maneira desorganizada. As fraudes são praticadas por associações criminosas que se articulam em rede, criam inúmeras contas falsas (utilizando dados válidos de pessoas) e tentam atrair o maior número de vítimas — seja com anúncios falsos ou com abordagens para a compra de itens anunciados por clientes legítimos.
A cada hora, foram mapeadas, em média, 11 tentativas de fraude realizadas com dispositivos comprometidos, sejam eles celulares ou computadores. Em geral, estes aparelhos são assim identificados por estarem vinculados a uma série de perfis, por fazerem uso de técnicas para mascarar a sua identidade e/ou localização — como o uso de VPNs e outros recursos maliciosos — ou, ainda, por terem sido utilizados em fraudes anteriores.
O estudo analisou dados do mercado digital brasileiro, incluindo sites, apps e contas digitais de janeiro a junho de 2023, em uma base de cerca de 20 milhões de contas abertas em plataformas on-line e 150 milhões de dispositivos cadastrados, entre celulares, tablets e computadores.
Entenda principais golpes e como se proteger
Compra confirmada
Liderando o ranking dos golpes mais aplicados no primeiro semestre de 2023, o golpe da compra confirmada é uma atualização do antigo golpe do envelope vazio. Com o aumento das transações bancárias digitais, hoje o fraudador faz um falso comprovante de depósito com os dados da vítima e o envia por e-mail ou aplicativo de mensagem, fazendo a pessoa acreditar que o valor já foi depositado e entregue o produto da venda. Quando a vítima percebe o golpe, o fraudador já está com o produto e deixa de responder às mensagens.
Invasão de conta
Normalmente, o fraudador tenta entrar em contas de plataformas on-line utilizando logins e senhas de bases vazadas na internet. Ao conseguir o acesso a uma conta, ele realiza compras ou publica anúncios falsos de produtos que não existem, ficando com o valor do pagamento e nunca enviando o produto para o comprador.
Roubo de dados
Os fraudadores aproveitam oportunidades para roubar dados das vítimas e os utilizarem em golpes futuros, utilizando métodos como engenharia social, vulnerabilidade de sistemas e uso recorrente de senhas fracas.
Como se prevenir:
Só entregue o produto após a confirmação do depósito em sua conta bancária ou carteira digital. Mantenha a conversa pelos chats das plataformas e evite negociar por aplicativos de mensagens. Desconfie de mensagens ou e-mails que simulem comunicados oficiais das empresas, verifique o domínio do e-mail (xx@nomedaempresa) e cheque sempre o status da negociação no site ou no aplicativo da empresa.
Não compartilhe número de celular, endereço de e-mail, CPF e dados bancários com terceiros. Também desconfie de links enviados para preencher vagas de emprego, que não sejam em páginas oficiais de empresas ou recrutadoras. Mantenha sempre as conversas pelos chats das plataformas, que têm ferramentas para promover a privacidade dos dados. Você não daria acesso aos seus documentos para qualquer pessoa no mundo físico, certo? Faço o mesmo no virtual.
Nunca repita senhas em diferentes sites. Use senhas fortes, com muitos caracteres e utilizando letras, números e caracteres especiais. Também é importante mudar as senhas de tempos em tempos e ficar atento aos alertas enviados pelas plataformas sobre tentativa de login na sua conta.
As informações são do Extra.
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