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Brasil

Veja: Mauro Cid diz ter dado dinheiro da venda de relógios em mãos a Jair Bolsonaro

Cid teria dito também que sabia que a venda poderia ser “imoral”, mas não “ilegal”.

Reportagem da revista Veja afirma o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid declarou à Polícia Federal (PF) que entregou “em mãos” ao ex-chefe do Executivo o dinheiro obtido com a venda de 2 relógios nos Estados Unidos.

Os 2 relógios, um da marca Rolex e o outro da marca Patek Philippe, são presentes de delegações estrangeiras a Bolsonaro. De acordo com a Polícia Federal, as duas peças foram vendidas nos Estados Unidos por US$ 68.000.

O Rolex foi readquirido por Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. Já o paradeiro do Patek Philippe é desconhecido.

De acordo com a Veja, Cid relatou à PF que: “o dinheiro da venda dos relógios foi depositado na conta de seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid; o dinheiro foi sacado em espécie e repassado “em mãos para ele [Bolsonaro]; Bolsonaro estaria “preocupado com a vida financeira” porque havia sido “condenado a pagar várias multas”.

Cid teria dito também que sabia que a venda poderia ser “imoral”, mas não “ilegal”.

A defesa de Bolsonaro afirmou em 18 de agosto de 2023 que “nunca recebeu valor em espécie de Cid referente à venda de nada”.

O ex-presidente já havia dito em 17 de agosto que não “pegou dinheiro de ninguém”.

O ministro do STF Alexandre de Moraes homologou em 9 de setembro o acordo de delação premiada do tenente-coronel. Cid deixou a prisão no mesmo dia. Ele estava preso havia 4 meses. Ele terá de cumprir uma série de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. Em entrevista divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo em 13 de setembro, Bolsonaro se disse “tranquilo” sobre a delação.

A Veja divulgou também o que seriam falas de Cid à PF sobre outros 2 temas:

– falsificação de cartões de vacinação – Cid disse que temia uma “perseguição” contra sua família pelo fato de eles não terem se vacinado. Afirmou que tinha medo que sua filha não pudesse ir à escola ou que sua mulher não pudesse entrar no mercado;

– plano para anular eleição de Lula em seu celular – o tenente-coronel chamou os documentos de “besteira”, que recebia esse tipo de material de “gente que defendia intervenção [militar]” e que isso não era repassado a Bolsonaro.


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