Amazonas
PCdoB no Amazonas informa que recebeu e-mail com ameaça de estupro contra a ministra do STF Cármen Lúcia
As informações são da coluna Radar, da revista Veja. De acordo com o site G1 de Goiás, o suspeito Hugo Rodrigues da Cunha Silva, de 29 anos, é produtor audiovisual e suspeito de assediar e ameaçar atrizes de Santos (SP) pela web.
O Supremo Tribunal Federal (STF) foi informado, terça-feira (15/08), a respeito de um e-mail contendo ameaças à ministra Cármen Lúcia. Por meio de sua presidente, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o PCdoB acionou a Corte relatando que seu diretório do Amazonas recebeu uma mensagem que incluiu ameaças a mulheres da sigla e à ministra do STF.
As informações são da coluna Radar, da revista Veja.
No e-mail, um homem que se identifica como Hugo Rodrigues da Cunha Silva ameaça estuprar Cármen Lúcia. Ele fez a mesma ameaça contra as integrantes do PCdoB, a quem também disse que sequestraria e mataria, com auxílio de outras pessoas, identificadas por ele com codinomes do submundo da internet.
A petição do PCdoB com as informações ao STF tramita em segredo de Justiça e foi distribuída à relatoria do ministro André Mendonça.
De acordo com o site G1 de Goiás, em notícia de 08/07/2021, Hugo Rodrigues da Cunha Silva, de 29 anos, é produtor audiovisual e suspeito de assediar e ameaçar atrizes de Santos (SP) pela web. E cumpria pena em prisão domiciliar por crimes de injúria e ameaça registrados em 2012, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Ele já esteve preso pelo crime de estupro na mesma cidade em 2014, mas foi inocentado.
Segundo a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) do estado, Hugo usava uma tornozeleira eletrônica até maio daquele ano, quando nova decisão judicial determinou que o equipamento fosse removido. O órgão informou que ele cumpria prisão domiciliar.
Também de acordo com a DGAP, Hugo foi preso pela primeira vez em 2012 em flagrante pelo crime de aliciar uma adolescente à prostituição. O órgão registrou que ele foi solto no ano seguinte e preso novamente em 2014 pelo crime de estupro.
À época, o produtor foi agredido dentro da prisão e a família dele pediu que fosse permitido ficar em prisão domiciliar (asssita vídeo abaixo). Por causa do ocorrido, foi indenizado em R$ 30 mil pelo estado de Goiás. Segundo Hugo e a defesa dele, o então réu foi inocentado por haver dúvidas em relação ao processo.
Na época, o G1 tentou acessar a sentença junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), mas por se tratar de um caso de estupro, o processo não foi localizado.
Responsável pelo caso de 2012, o delegado Manoel Vanderic comparou as trocas de mensagens registradas nos casos de São Paulo com as conversas registradas pela então vítima à época.
“É exatamente a mesma forma de agir”, avaliou.
Segundo o Auto de Prisão em Flagrante de 2012, Hugo conversava com uma adolescente pelas redes sociais e marcou uma encontro presencial com intuito de oferecer a ela um papel em um curta-metragem. Na conversa, ele teria alertado a garota de que haveriam cenas de nudez na produção.
Consta no registro policial que a vítima conversou sobre a situação com o namorado e ambos disseram a Hugo que ela não participaria da seleção e que, na ocasião, foram ameaçados e injuriados pelo produtor.
O caso foi denunciado à Polícia Civil, policiais começaram a monitorar Hugo e o flagraram um dia com a adolescente, oferecendo dinheiro a ela para que atuasse no filme, tendo pedido a ela que tirasse as calças durante a conversa.
Também no documento consta que “em um dos celulares que estavam com ele, foram achadas diversas fotos de meninas semi-nuas em poses sensuais e videos de testes de meninas em roupas intimas”.
Corria na Justiça de Goiás outro processo contra Hugo, mas pelo crime de ameaça. Registrado em Aruanã. O produtor e a defesa dele disseram que não tinham conhecimento do caso. De acordo com registro no TJ-GO, a denúncia foi aceita no último dia 11 de maio daquele ano.
O produtor ofendeu e ameaçou atrizes que se recusaram a trabalhar com ele em Santos (SP). Nas mensagens, ele ameaça “caçar” uma delas “como um animal”.
Em entrevista ao G1, Hugo explicou que agiu por impulso no dia e que quis dizer que a intenção era “caçá-la” no âmbito profissional, para que ela não conseguisse mais trabalhar na área. O investigado relatou que tem recebido diversas ameaças de morte após as denúncias.
Hugo respondia ainda por outro processo no DF. Há cerca de três anos, ele foi acusado de ameaçar uma adolescente de 15 anos na capital Federal. Neste processo, ele foi condenado por coagir a garota a enviar fotos dela nua a ele.
O produtor foi sentenciado em segunda instância, em novembro do ano passado, a 4 anos, 11 meses e 12 dias de reclusão; 1 mês e 26 dias de detenção, além do pagamento de 12 dias-multa pelos crimes. No entanto, ainda não houve determinação de início do cumprimento da pena. Cabe recurso.
No processo, ele negou as acusações e disse que foi ameaçado e xingado pela vítima.
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