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Amazonas

PF faz operação em condomínios e empresa de tecnologia em Manaus nesta terça-feira (01/10)

A Sudu fornece livros, kits tecnológicos, materiais laboratoriais, licença de software e capacitação e outros
serviços para vários estados do país por meio de contratos milionários para órgãos governamentais.

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A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta terça-feira (01/10) uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em três endereços em Manaus. Os agentes recolheram documentos e computador na empresa Sudu Tecnologia Educacional, na Rua Belém, zona centro-sul da capital, e nos condomínios residenciais Turim, no bairro Ponta Negra, zona oeste, e Terezina, e no bairro Adrianópolis, na zona centro-sul. A PF ainda não informou o motivo da operação.

No condomínio Teresina, seguranças do condomínio tentaram impedir a entrada dos agentes federais, mas cederam diante da apresentação dos mandados. Os policiais foram a um dos apartamentos.

A Sudu é do empresário João Moacir Pereira Filho, sócio-administrador da empresa de tecnologia educacional que fornece livros, kits tecnológicos, materiais laboratoriais, licença de software e capacitação e outros
serviços para vários estados do país por meio de contratos milionários para órgãos governamentais.

A PF informou que deflagrou a Operação Ghost Mask, que visa apurar fraude em processo licitatório para a compra de 500 mil máscaras cirúrgicas descartáveis destinadas ao combate à Covid-19, no âmbito da Secretária de Estado de Saúde do Acre (Sesacre).

Os seis mandados judiciais, expedidos pela 3ª Vara Federal Cível e Criminal da Justiça Federal, restaram cumpridos nas capitais Rio Branco/AC, Manaus/AM e São Paulo/SP.

A investigação identificou conluio entre grupo de empresários e servidores públicos estaduais, os quais, por meio da combinação de preços, teriam direcionado ilegalmente a licitação para a empresa vencedora do certame.

Ainda, a investigação revelou que os investigados realizaram operações com a finalidade de dissimular a origem ilícita dos valores obtidos com a licitação viciada, incidindo também em crime de lavagem de dinheiro.

Contudo, além da fraude ao caráter competitivo da licitação e da lavagem de dinheiro, há suspeitas de que a maior parte das 500 mil máscaras adquiridas e pagas acabou não sendo entregue ao Estado do Acre. Nessa hipótese, o prejuízo aos cofres públicos ultrapassaria a cifra, em valores atuais, de R$ 2 milhões.

Os investigados poderão responder judicialmente pelos crimes de falsidade ideológica, fraudes em licitação e lavagem de dinheiro.

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A Sudu tem contratos com o governo do Amazonas e com a Prefeitura de Manaus, via Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e Secretaria Municipal de Educação (Semed).

De acordo com levantamentos nos portais de transparência do Estado e do Município, a Sudu recebeu mais R$ R$ 74,4 milhões da Seduc e tem contratos de quase R$ 20 milhões com a Semed.

Empresa criada há menos de três anos leva contrato de R$ 30 milhões no governo do Amazonas, via Seduc

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